R$ 1,1 bilhão em atividades econômicas no Mineirão em 2022. O número faz parte de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que demonstrou como o estádio impulsionou a economia de Minas Gerais no ano passado.
Os eventos esportivos e sociais realizados no Mineirão levaram a uma injeção de R$ 963 milhões na economia. Deste valor, R$ 575 milhões foram oriundos das 55 partidas de futebol realizadas no estádio, enquanto R$ 388 milhões foram gerados por 152 eventos culturais, corporativos, feiras e shows. No total, quase 3 milhões de pessoas passaram pelo local em 2022, com dois terços comparecendo a jogos e um terço a eventos.
A pesquisa do Ipead destacou que, para cada R$ 1 gasto dentro do estádio com ingressos, alimentos, bebidas e estacionamento durante os dias de jogos, quase R$ 4 foram gastos fora do estádio. No caso de eventos sociais, os gastos externos chegaram a R$ 2,67 para cada R$ 1 gasto no estádio. Em média, para todos os eventos estudados, R$ 3,35 foram gastos fora do Mineirão para cada R$ 1 gasto dentro do estádio, o que inclui setores como hospedagem, alimentação e transporte.
Por outro lado, também ocorreram implicações fiscais, com R$ 61,5 milhões em impostos arrecadados em Minas Gerais. O governo estadual arrecadou R$ 15,7 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), enquanto o município arrecadou R$ 39 milhões em Imposto sobre Serviço (ISS).
O impacto total sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte foi de 0,77%, enquanto em Minas Gerais foi de 0,14%.
O estudo do Ipead também analisou o impacto na geração de empregos, com os eventos no ginásio resultando na criação de 7.232 postos de trabalho em Minas Gerais, sendo 6.984 deles em Belo Horizonte. Isso representou aproximadamente 0,63% dos empregos na capital mineira, com as rendas de salários gerando um total de R$ 350 milhões.
