Coluna

Calcio Storico Fiorentino: o esporte centenário e a solução moderna do DAM para preservar sua história

Florença, que ocupa um lugar muito especial na história da humanidade, nos surpreende com um esporte único e exclusivo

Calcio Storico Fiorentino: o esporte centenário e a solução moderna do DAM para preservar sua história

12 de dezembro de 2023

4 minutos de Leitura

Adalberto Generoso
Adalberto Generoso
CoFundador e CEO da Yapoli, empreendedor serial com mais de 10 anos de experiência em tecnologia, marketing e digital e vencedor de 3 Cannes Lions.

Ao ser considerada o berço do Renascimento italiano e também por ser a cidade natal de Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, Florença ocupa um lugar muito especial na história da humanidade. Tradicionalmente, a história escrita de Florença inicia-se em 59 a.C., quando os romanos fundaram a vila para veteranos do exército e, supostamente, a dedicaram ao deus Marte.

Ao falar da cidade, além de poder exaltar seus muitos séculos de história, há também meu interesse particular pelos esportes. E, como não podia deixar de ser, Florença mais uma vez nos surpreende com um esporte único e exclusivo, o Calcio Storico Fiorentino.

Este esporte foi criado há quase 2000 anos, em 59 a.C. Quando os legionários romanos fundaram a colônia de Florentia, estes já praticavam a modalidade para manter a forma.

A versão atual do jogo data de 17 de fevereiro de 1530, e foi feita para zombar do exército imperial, exibindo sua vitalidade mesmo em guerra. O prêmio nesse dia, devido ao cerco que a cidade sofria, foi uma vaca. Hoje, a recompensa ainda é a mesma, apenas simbólica, sem a morte do animal. Todos se orgulham do jogo em Florença. Ninguém recebe nada por participar. 

“É pequeno demais para ser chamado de guerra, cruel demais para ser chamado de jogo.” – Henrique III Rei da França, 1574

Modernos gladiadores 

Os jogadores se consideram modernos gladiadores e terminam as partidas quase sempre lesionados. 

São quatro times: Vermelho do distrito de Santa Maria Novella, Branco do distrito de Santo Spirito, Verde do de Santa Giovanni e Azul de Santa Croce.

Joga-se pelo distrito em que nasce, e não se pode trocar jamais. Da mesma forma, qualquer um de fora desses distritos está completamente impedido de participar. 

O esporte é praticado com uma bola redonda, com 27 jogadores de cada lado, entre goleiros, zagueiros e combatentes. Há boxeadores, jogadores de rugby, futebol e lutadores. São 12 jogadores atrás tentando pontuar e 15 no meio abrindo caminho. Se um jogador for derrubado só poderá levantar após o gol. Gols com a mão valem um ponto cada, e, se errar, o time adversário ganha meio ponto.

O campo é retangular, de areia, com 80 x 40 m e duas amplas redes nas extremidades, que remonta aos coliseus da Itália antiga. 

Cada partida dura 50 minutos. Quem marcar mais gols vence, ao levar a bola para o outro lado e colocar na rede, nocauteando o time adversário.

É como o rugby, mas sem regras. O que o diferencia de outros jogos de bola é o boxe sem luvas usado para abrir caminho até o gol. As lutas são a estratégia do movimento da bola.

No futebol americano e no basquete o jogador bloqueia. No calcio, o jogador soca.

Só é realizado um torneio ao ano pela violência. São 2 semifinais e, 9 dias depois, a final.

Se o time for bom, jogará 2 vezes no ano. Se vencer os 2 é campeão. 

Não entrarei no mérito da violência desse esporte secular, é uma questão cultural que teve seu motivo de origem e deve ser respeitada. Guardadas as devidas proporções, é um espetáculo digno de assistir e nos remete a uma época já passada de grandes dificuldades e glórias.

Imaginem quantas batalhas memoráveis foram disputadas desde 1530 nesse esporte. Mas, infelizmente, quanta informação se perdeu acerca de estilos de vida, história, descobrimentos e, inclusive, esportes da humanidade? 

O que garante que essa informação continuará existindo no futuro ou que ela toda continue acessível por, digamos, 100 anos?

Sem ser ainda a “Pedra de Roseta” para a eternidade, algumas tecnologias recentes, baseadas na nuvem para a internet, permitem criar, manter, distribuir para as pessoas corretas e, principalmente, acessar de forma simples, as informações que uma organização, esportiva ou não, necessita para funcionar de forma mais eficiente e econômica e manter seu valioso acervo histórico.

Uma ferramenta confiável e que permite manter a salvaguarda do histórico de sua organização é o DAM – Digital Asset Management (Gestão de Ativos Digitais), imprescindível para mantermos essas informações tão relevantes à cultura mundial disponíveis por muito tempo às novas gerações.

A preservação do legado histórico do Calcio Storico Fiorentino e de outros tesouros culturais depende da adaptação às inovações tecnológicas. O DAM não apenas oferece uma solução contemporânea para a gestão e preservação dessas informações, mas também permite que as organizações esportivas e culturais protejam, organizem e compartilhem seu patrimônio de maneira acessível e duradoura. É a ponte entre o passado e o futuro, garantindo que as tradições e a riqueza cultural permaneçam vivas para as próximas gerações, independentemente das transformações tecnológicas.

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