Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), é o primeiro candidato oficial à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O dirigente divulgou uma espécie de “manifesto” com o título “Unidos por um novo futebol”.
O manifesto é assinado por oito federações estaduais e 30 clubes que estão nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Com esse número, Carneiro Bastos está elegível para se candidatar à presidência da CBF.
“Há pelo menos uma década, o Futebol Brasileiro tem sangrado. Afastados ou banidos, nenhum dos cinco últimos presidentes da CBF terminou seu mandato. O futebol sofre, como nunca antes, ingerências externas que tumultuam o já complexo ambiente do esporte, a pretexto de interesses individuais duvidosos”, afirmou Carneiro Bastos.
“Estamos convictos de que o Futebol Brasileiro necessita de uma mudança efetiva, com um projeto moderno e ambicioso, e manifestamos, por meio desta carta, apoio público à eleição de Reinaldo Carneiro Bastos à presidência da CBF para o próximo ciclo”, acrescentou.
Vale lembrar que Ednaldo Rodrigues foi afastado do comando da entidade por meio de uma decisão da Justiça brasileira.
Em janeiro, dirigentes da FIFA e da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) desembarcarão no Brasil para acompanhar o de perto a questão eleitoral. As duas entidades não ficaram satisfeitas com a decisão tomada pela Justiça brasileira de suspender Ednaldo Rodrigues.
Mecânica e peso dos votos
Para um dirigente poder se candidatar à presidência da entidade, precisa ter o apoio de, no mínimo, oito federações e cinco clubes. Somente desta maneira a candidatura pode ser registrada. Com oito federações e 30 clubes, o mandatário da FPF já teria a quantidade de votos necessária para se eleger presidente da CBF.
Cada federação tem peso 3 na votação, enquanto os votos dos clubes da Série A representam peso 2, e os da Série B, peso 1.
Reinaldo está em seu terceiro mandato na maior federação de futebol do país. Ele foi eleito para o cargo pela primeira vez em 2015 ao deixar a vice-presidência da FPF após Marco Polo del Nero, chefe da entidade, ser alçado ao comando da CBF. Em 2018, em uma eleição esvaziada onde foi candidato único, foi reconduzido por mais quatro anos a partir do ano seguinte. Em 2022, por aclamação, foi reeleito até 2026.