Reviravolta envolvendo o alto comando da Confederação Brasileira de Futebol. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu pela recondução de Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade. A determinação acata pedido do PCdoB, que ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), após a Justiça do Rio de Janeiro afastar Ednaldo do cargo e nomear um interventor.
Com o afastamento de Ednaldo, a CBF passou a ser comandada por um interventor, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz.
Para tomar tal decisão, o ministro considerou o risco do Brasil ficar fora das Olimpíadas por uma possível punição que poderia ser imposta pela FIFA com a intervenção jurídica na CBF.
“Esgota-se amanhã (5.1.2024) o prazo para inscrição da Seleção Brasileira de futebol, atual bicampeã olímpica, no torneio classificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, ato que pode vir a ser inviabilizado se praticado por dirigente não acreditado pelas instituições internacionais competentes”, comentou o ministro.
Importante lembrar que a Fifa já havia ameaçado a CBF de excluir a seleção e demais clubes do país de torneios internacionais por conta do imbróglio jurídico que afastou do cargo o então presidente da confederação.
Ednaldo foi presidente interino da CBF entre 2021 e 2022, assumindo o cargo após Rogério Caboclo ser afastado por denúncias de assédio moral e sexual. Em março de 2022, o ex-presidente da Federação Baiana de Futebol acabou eleito para a presidência da entidade que comanda o futebol nacional.