A Assembleia Geral de Credores do Guarani acatou com o plano de recuperação judicial do clube. A iniciativa visa quitar ao longo de 12 anos as dívidas acumuladas em aproximadamente R$ 60 milhões.
Dos quase 400 membros do quadro, apenas 21 se manifestaram contrários. A aprovação foi de 94% no trabalhista, cerca de 75% no quirografário e 80% entre microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP)
“Foram dois anos de trabalho diário para chegarmos nessa assembleia e começarmos a escrever uma nova página na história do Guarani. Um clube da nossa grandeza merece grandes passos por um futuro vencedor”, disse Fábio Araújo, Presidente do Conselho Fiscal.
Na área trabalhista, com cerca de R$ 15 milhões de dívidas, ficou definido que quem cobra até 180 salários mínimos vai receber em até 36 parcelas mensais. Já acima desse valor, o acerto prevê receber a diferença com 70% de desconto.
Em relação às dívidas cíveis, o clube pagará daqui a um ano e meio e terá até 12 anos para quitar. Estão incluídos no pacote cível os passivos de R$ 38 milhões com credores quirografários (que são aqueles sem prioridade) e R$ 8 milhões com credores de médias e pequenas empresas.
O Guarani entrou com pedido de recuperação judicial em março do ano passado. Com a aprovação da Justiça, a fase seguinte consistia em elaborar o plano de pagamento.
O Bugre terá 90 dias para iniciar a quitação após a homologação e precisa honrar os compromissos firmados para não entrar em processo de falência. Se o clube não cumprir, serão penhoradas cotas televisivas e imóveis colocados pelo clube como garantia.