O consumidor no centro da estratégia. Apesar de um mantra entre as grandes empresas, poucas ativam, de fato, o conceito em seus esforços. Em setores tão competitivos como o esportivo, colocar as necessidades e anseios do consumidor como prioridades se faz necessário. E aqui vale um aprendizado: comportamentos impulsionam as mentalidades.
Naturalmente, o torcedor acaba sendo um eterno insatisfeito em relação a precificação dos artigos esportivos. Não podemos esperar que ele entenda de todos os processos envolvidos, de toda cadeia produtiva, quando se coloca um produto no mercado. A concepção, desenvolvimento, mão de obra, logística, royalties, enfim, tudo acaba impactando no preço final e, consequentemente, vemos uma insatisfação geral por conta dos preços elevados.
O caso mais recente envolve a adidas e o Flamengo. Na semana passada, a marca lançou no Brasil a coleção Fan Jersey, modelo de camisa com design inspirado no uniforme de jogo Rubro-Negro e com preço menor do que as camisas de jogo. A adidas, inclusive, já adiantou que outros dos seus patrocinados também desfrutarão deste benefício. Um golaço!
A Volt Sport também ativou esta mentalidade no seu patrocínio ao Fortaleza e ao Santa Cruz. No caso da companhia alemã com o Flamengo, trata-se de um alcance muito maior, em larga escala e envolvendo um público consumidor de abrangência mundial. O desafio tende a ser maior e mais delicado.
Quando uma marca coloca em prática o Consumer Centric não é somente dar protagonismo ao consumidor e estreitar esta conexão que tende a ser ainda fidelizada, mesmo que este seja o objetivo central. Aqui é também sobre respeito a todos os que estão envolvidos e que desejam que o ecossistema seja beneficiado, bem como um estímulo para que essa cultura, comportamento e mentalidade se perpetuem.
