Paris 2024

Após repercussão negativa, Joel Jota desiste de ser padrinho e mentor do Time Brasil em Paris 2024

O ex-nadador e atual coach e empresário, que tem mais de 5,1 milhões de seguidores no Instagram, desistiu de aceitar o convite do Comitê Olímpico do Brasil

Após repercussão negativa, Joel Jota desiste de ser padrinho e mentor do Time Brasil em Paris 2024
Foto: Reprodução

19 de abril de 2024

3 minutos de Leitura

Joel Jota, coach que possui mais de 5 milhões de seguidores no Instagram, desistiu de aceitar o convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para ser “mentor” e padrinho do Time Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024.

O anúncio oficial de Joel Jota para o programa do COB foi feito na última quarta-feira (17). No entanto, após a publicação feita por Demétrio Vecchioli, do UOL, diversos atletas e ex-atletas criticaram a escolha feita pela entidade.

“Jota se diz ‘ex-nadador de seleção brasileira’, diz que foi ‘um dos melhores do mundo’. Ele sempre foi piada entre atletas de ponta, que realmente foram de seleção, melhores do mundo. Imagina como esses atletas estão se sentindo agora que alguém que vende o que não é vai ser ‘mentor’ deles na Olimpíada. Galera tá puta, se sentindo desprestigiada”, publicou Demétrio Vecchioli, do blog Olhar Olímpico.

Entre os atletas e ex-atletas, a ex-nadadora Joanna Maranhão, que representou o país nos Jogos de Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016, foi a mais contundente em sua posição.

“Não existe problema algum em não ter chegado à seleção ou não ser atleta de ponta. A questão aqui, é que esse cidadão vende o que não foi. E vou além, ele não é psicólogo”, afirmou a ex-atleta no X.

Em sua defesa, Joel Jota destacou que foi procurado pelo COB, e não o contrário, muito em função de sua popularidade nas redes sociais.

“O COB veio atrás de mim por conta de tudo aquilo que fiz na minha carreira após a natação. Eu não estou indo para nadar. Eu estou indo porque eu sou uma pessoa que tem rede social grande, que posso mostrar os valores olímpicos. Vou dar uma levantada na motivação. Não vou fazer nenhum papel de treinador, não vou fazer nenhum papel de psicólogo”, destacou o coach ao site do Estadão.

No entanto, com forte pressão e sendo chamado inclusive de “charlatão”, o empresário decidiu recuar e desistiu de aceitar o convite.

“Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor pra mim e minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris”, publicou Joel Jota em seu Instagram.

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