Indústria

Grupo SBF fecha o primeiro trimestre de 2024 com expansão de 213% no lucro

Nos primeiros três meses do ano, o grupo registrou receita bruta de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 1,8% em comparação ao mesmo período de 2023

Grupo SBF fecha o primeiro trimestre de 2024 com expansão de 213% no lucro
Pedro Zemel, CEO do Grupo SBF

14 de maio de 2024

5 minutos de Leitura

Os resultados do primeiro trimestre de 2024 do Grupo SBF demonstraram que as diretrizes estratégicas estabelecidas para o ano estão sendo executadas de acordo com as expectativas. Tais diretrizes consistem principalmente na expansão do lucro líquido e redução da alavancagem do Grupo SBF.

Nos primeiros três meses do ano, o Grupo SBF registrou receita bruta de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023, com margem bruta de 48,8% – contração de 1,2 pontos percentuais frente a uma forte base de comparação. Vale destacar a expansão sequencial de 2,6 pontos percentuais na margem versus o quarto trimestre de 2023.

Assim como no último trimestre de 2023, a companhia apresenta evolução nos indicadores de capital de giro. Em comparação com o 1T23, foi registrado uma redução de 43 dias de estoque, contribuindo positivamente com o ciclo financeiro em 35 dias. A Fisia apresentou redução de 69 dias de estoque, uma queda de 26,3% versus 2023.

“É importante destacar que novamente reduzimos nossas despesas, e as mantivemos em patamares compatíveis com a nossa operação. No primeiro trimestre de 2024, o SG&A representou 38,2% da receita líquida, redução de 2,8 pontos percentuais em comparação com 2023”, disse Pedro Zemel, presidente do Grupo SBF.

Em função do controle do SG&A, o EBITDA ajustado ex-IFRS do Grupo SBF totalizou R$159,2 milhões, crescimento de 19,1%, com margem de 10,6% (+1,5 pontos percentuais). O lucro líquido ajustado ex-IFRS atingiu R$52,8 milhões, crescimento de 213,0% em relação a 2023 (+2,4 pontos percentuais na margem líquida).

No acumulado dos últimos doze meses, a companhia registrou R$632,4 milhões de EBITDA ajustado ex-IFRS com margem de 9,0% (expansão de 31,2% e 1,5 pontos percentuais, respectivamente). Quanto ao lucro líquido, nos últimos doze meses, o Grupo SBF alcançou a marca de R$ 263,7 milhões, com margem de 3,8%.

Em relação à alavancagem, o mês de março encerrou-se com uma dívida líquida de R$ 843,4 milhões, redução de 38,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Quanto ao indicador de dívida líquida/EBITDA, a companhia saiu de 2,86x para 1,33x – seguindo nossa estratégia de redução do indicador.

A Centauro alcançou R$ 926,7 milhões de receita bruta no trimestre, incremento de 5,3% em relação a 2023. O canal de lojas físicas contou com uma expansão de 6,1%, já o digital, de 2,4%. A margem bruta da Centauro totalizou 49,4% no trimestre, contração de 2,1 pontos percentuais versus 2023, e alcançou 51,5% no 1T23. No período, as lojas físicas observaram queda no fluxo, que foi parcialmente compensada pelo incremento na conversão – fruto das ações em loja implementadas visando a expansão do lucro bruto por metro quadrado.

Já o digital, após alguns trimestres de contração, dada a sua estratégia de aumento de rentabilidade, voltou a apresentar crescimento. Em comparação com 2023, o NPS do canal expandiu 11,0 pontos percentuais.

Durante o trimestre, a Centauro evoluiu por meio de algumas iniciativas que visam expandir seu lucro bruto por m², como por exemplo, o lançamento de produtos exclusivos com parceiros estratégicos buscando aumentar o engajamento com clientes e o fluxo nas lojas. Além disso, implementou um novo projeto de visual merchandising, desenvolvendo áreas exclusivas para exibição de produtos de suas marcas parceiras.

A Fisia atingiu R$ 1,1 bilhão de receita bruta no 1T24, expansão de 2,3% comparado a 2023. Desde o início do ano, a Fisia vem ajustando sua política de preços, reduzindo os markdowns, visando a recomposição gradual da sua margem bruta. Mesmo frente a uma base normalizada em 2023, dado que os descontos se intensificaram no segundo trimestre, a Fisia registrou margem de 43,4% no 1T24 – contração de apenas 0,2 pontos percentuais.

Em comparação com os últimos períodos, a Fisia apresentou expansão de 2,1 pontos percentuais em comparação ao 2T23, 1,6 pontos percentuais versus o 3T23, e um crescimento sequencial de 3,2 pontos percentuais versus o 4T23.

As lojas físicas da Nike apresentaram crescimento de 28,4%, sendo que as lojas Nike Value Store (NVS) cresceram 23,7% com destaque para o same store sales de 11,6% no período. Já o Nike.com.br, site da marca, cresceu 8,4% em comparação a 2023. Os canais DTC da Fisia (considerando apenas o 1P no digital) já representam 50,2% da sua receita, incremento de 5,6 pontos percentuais versus 2023. Incluindo as vendas 3P feitas por meio da Centauro, a participação do DTC totalizou 53,9% da receita no trimestre, expansão de 5,9 pontos percentuais.

Apesar do decréscimo de 15,2% na receita do wholesale no trimestre, a companhia espera a retomada gradual do canal, refletindo a normalização de preços da marca Nike nos canais DTC. Vale destacar que as vendas para o atacado acontecem com 9 meses de antecedência.

No trimestre, a Fisia divulgou os novos uniformes da seleção brasileira. As camisas já foram usadas em alguns jogos em março, e representarão o Brasil na Copa América 2024, marcada para junho, nos Estados Unidos. Além disso, a Fisia anunciou sua primeira corrida do ano em São Paulo, organizada pela X3M, que acontecerá em julho.

A prova contará com quatro distâncias com largada em diferentes regiões da cidade, e em apenas duas semanas contou com mais de 8 mil inscritos.

“Seguimos confiantes e comprometidos com a execução bem sucedida do nosso planejamento estratégico seguro e responsável para o ano de 2024. Continuaremos trabalhando em direção aos nossos objetivos de curto e longo prazo visando maximizar a geração de lucro e caixa do Grupo SBF”, afirma Zemel.

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