Na maioria dos casos, grandes atletas contam com o apoio familiar em diversos momentos de sua trajetória no esporte. A história do primeiro medalhista brasileiro na marcha atlética Caio Bonfim não é diferente.
Além de ser treinado pela mãe Gianette Bonfim, o marchador contou com o suporte de familiares para conquistar protagonismo em uma modalidade tão desconhecida do público brasileiro.
“Essa medalha não é pra ajudar só a marcha, mas todo o atletismo. Como se faz para ganhar uma medalha de prata? Vou dar o segredo aqui. É gastando dinheiro. Trazer os atletas para a Europa. É trazendo a turma para competir e dizer ‘eu tenho condições de ganhar’. Agora, só trazendo para a Olimpíadas não dá, tem que investir”, comentou João Sena, pai do medalhista.
Atualmente, Caio recebe verbas do Bolsa Atleta, programa do Governo Federal e da Marinha, mas não tem nenhum patrocinador privado, mesmo participando de sua quarta edição dos jogos e tendo duas medalhas de bronze em mundiais.
João Sena, pai de Caio, fez tudo que estava ao alcance para comprar os materiais de treino, assim como colocar o seu filho nas principais competições da modalidade. Para isso, chegou a fazer uma vaquinha virtual com a família para arrecadar fundos.
“O Caio precisa de um patrocinador, de uma ajuda da rede privada. Ainda estou pagando. Estou com 69 anos, acho que até os 82 estarei pagando as minhas dívidas. Tenho que viver até lá. O que aconteceu hoje foi resultado de um investimento. Não só meu e da minha esposa, mas de toda família”, finalizou João.
