Coluna

O papel estratégico do DAM na organização e promoção de campanhas durante grandes eventos esportivos

Essa tecnologia assegura que os materiais, como imagens de atletas em competição, sejam armazenados e enviados de forma rápida e segura, independente da distância

O papel estratégico do DAM na organização e promoção de campanhas durante grandes eventos esportivos
Foto: Jerome Brouillet

19 de agosto de 2024

4 minutos de Leitura

Adalberto Generoso
Adalberto Generoso
CoFundador e CEO da Yapoli, empreendedor serial com mais de 10 anos de experiência em tecnologia, marketing e digital e vencedor de 3 Cannes Lions.

Recentemente, fui impactado por duas imagens que se tornaram símbolos das Olimpíadas. A primeira é a foto de Gabriel Medina, capturada em um instante único, onde a sorte e a habilidade do fotógrafo se encontraram. A segunda é a cena de Rebeca Andrade no pódio, sendo ovacionada por Simone Biles, em um momento histórico da ginástica.

Esses retratos viajaram pelo mundo quase instantaneamente. Mas como essas imagens tão icônicas chegaram até nós? Como esses arquivos foram enviados às marcas que, por exemplo, produziram capas de caderno estampadas com um desses momentos? E, o mais importante, como essas documentações históricas serão preservadas para as futuras gerações? 

Durante as Olimpíadas de 2024, os conteúdos produzidos na França continental e além-mar precisaram circular o mundo em tempo real, passando pelas Américas, Ásia, África e Oceania. Nesse processo, havia milhares de partes envolvidas: imprensa, plataformas de streaming, fotógrafos, marcas, patrocinadores do evento, 206 Comitês Olímpicos Nacionais e, é claro, as equipes dos 10,5 mil atletas participantes em 729 competições de 32 modalidades diferentes. Ou seja, o fluxo de fotos e vídeos foi monumental.

Portanto, sem um sistema eficiente para gerenciar os conteúdos criados ao longo desses 19 dias de provas, há um grande risco de que parte desse material se perca ou seja usado de forma indevida, fora de vigência de utilização e direitos de uso. 

Nesse sentido, tecnologias de gestão de ativos digitais têm um papel crucial. Afinal, uma plataforma DAM (Digital Asset Management) tem a função de centralizar, padronizar e distribuir em escala os ativos digitais, garantindo que todos os envolvidos tenham acesso a conteúdos em alta definição sempre atualizados e organizados, e em compliance. Essa tecnologia assegura que os materiais, como imagens de atletas em competição, sejam armazenados adequadamente e enviados de forma rápida e segura, independente da distância.

E para otimizar ainda mais o processo e minimizar o esforço humano necessário, a plataforma, integrada à Inteligência Artificial (IA), pode automaticamente reconhecer elementos importantes nas fotografias e vídeos, como os atletas e os ícones dos eventos, o que facilita uma distribuição automatizada e direcionada para veículos de comunicação, redes sociais e patrocinadores em todo o mundo, tornando o fluxo de trabalho muito mais simples e preciso. 

Mas os benefícios dessa tecnologia não se aplicam apenas às Olimpíadas. Outros eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol, a Copa do Mundo de Rugby e até mesmo campeonatos nacionais, como o nosso querido Brasileirão, podem se beneficiar dessa ferramenta. 

No Brasil, grandes organizações como Flamengo e Palmeiras já adotaram plataformas de DAM, priorizando governança, eficiência em desenvolvimento de campanhas e, é claro, a preservação do acervo histórico de suas instituições. Para se ter uma ideia, 1% dos ativos controlados no acervo flamenguista é estimado em R$ 9,8 milhões.

Portanto, é hora dos clubes, federações e instituições esportivas reconhecerem o valor de seus acervos. Uma plataforma de gestão de ativos digitais não só transforma como lidamos com o vasto conteúdo gerado em eventos esportivos, mas também garante que cada imagem, vídeo e dado seja tratado com a devida importância, viabilizando meios de monetização, otimizando processos de desenvolvimento de campanhas e garantindo eficiência operacional na organização como um todo. 

Vivemos em uma era onde a informação é o ativo mais valioso, e a capacidade de gerenciar e distribuir esses recursos de maneira eficaz se tornou um diferencial competitivo, que vai além dos campos, tatamis, quadras, ginásios e ringues.    

Compartilhe
ver modal

Assine a newsletter do MKT