Por Maíra Ribeiro, gerente de projetos na NWB
Viver e respirar o maior evento esportivo do mundo, com o desafio diário de entregar conteúdos em parceria com a Petrobras, foi a experiência mais desafiadora e emocionante da minha vida, tanto pessoal quanto profissionalmente. Estar em Paris, uma cidade mágica e romântica com sua arquitetura clássica a cada esquina, foi como viver em um livro.
Conviver com diversas nacionalidades e os maiores atletas do mundo — como estar hospedado próximo ao hotel da seleção de basquete masculina dos Estados Unidos e ver LeBron James passar pela calçada — tornou a experiência ainda mais memorável. Torcer ao lado de Galvão Bueno e ver de perto Rebeca Andrade foram momentos que definem o que foi, sem dúvida, a maior experiência da minha vida.
A experiência começou no Rio de Janeiro, um mês antes dos Jogos, com um evento no prédio da Petrobras, onde tivemos a oportunidade de encontrar atletas do Time Petro, incluindo os medalhistas Flávia Saraiva, Duda e Ana Patrícia, Isaquias Queiroz, e o time paraolímpico, com Petrucio Ferreira e Raissa Machado, entre outros. Esse evento foi uma pré-divulgação do que estava por vir em Paris.
Na França, a missão do time NWB era criar conteúdos diversos e divertidos no ambiente da Casa Brasil, uma estrutura projetada para receber atletas e torcedores brasileiros. Localizada na zona norte da capital francesa, no Parc de La Villette, a Casa Brasil foi um pedacinho do Brasil em Paris, que também recebeu outras casas de diferentes países, como França, Colômbia, México, Estados Unidos e Eslovênia.
O maior desafio deste projeto foi a quantidade de entregas diárias. Precisávamos criar conteúdos para as redes sociais de Paulo Vita, Marília Galvão e Desimpedidos, todos os dias, seja em forma de stories ou reels. Com todos os influenciadores presentes em Paris, a tarefa de inovar e oferecer algo novo para o público tornou o desafio ainda maior. Entregamos mais de 30 conteúdos durante nossa estadia, que incluíram entrevistas com atletas do Time Petro, medalhistas e não medalhistas, além de dinâmicas e brincadeiras com o público.
Viramos memes, viralizamos nas plataformas digitais, fizemos dancinhas e paródias. Paris se transformou em um grande baile, e invadimos as redes sociais com uma enxurrada de conteúdos!
Como experiência pessoal, tive a oportunidade de colocar uma medalha no peito, o bronze de Rafa Silva, e testemunhar as mulheres brasileiras conquistarem seu espaço, mostrando que Paris foi, de fato, o palco delas, em uma edição em que o Time Brasil teve a sua segunda melhor participação na história com 20 medalhas no total, e uma delegação na sua maioria composta por mulheres, um fato inédito para história do país.
Como mulher preta, ver Rebeca Andrade, Bia Souza e Rafa Silva ocuparem esses lugares foi ainda mais significativo e representativo. Participei de um vídeo da Embratur discutindo esse tema importante, que é fundamental para os dias de hoje e para as novas gerações.
Acredito que, se podemos sonhar, podemos também realizar, e que estamos, sim, aptas a estar em qualquer lugar.
*Maíra Ribeiro é gerente de projetos na NWB, produtora de conteúdo que forma a maior rede digital do Brasil totalmente focada em esportes. Com formação em comunicação, possui vasta experiência em produção, pós-produção e gestão de projetos no setor de entretenimento. Ao longo de sua carreira, a executiva trabalhou em importantes empresas como Record TV e Warner Bros., consolidando-se como uma profissional de destaque na área.