O Estudiantes está próximo de um importante aporte financeiro. O magnata Foster Gillett, ex-CEO do Liverpool, pretende injetar mais de US$ 100 milhões (R$ 550 milhões) no clube de La Plata.
Além de reforçar a equipe presidida pelo ex-jogador Sebatián Verón, o dinheiro também teria outros destinos, como o fortalecimento do time feminino, a modernização do CT profissional, da base e na reforma do estádio UNO, casa do Estudiantes.
Segundo o TN Deportes, o empresário americano teria uma porcentagem em futuras vendas de jogadores. Foster Gillett é filho de um empresário que atua desde a década de 60 no ramo de esportes, telecomunicações e entretenimento.
“Adoro todos os esportes. De todos os esportes em que investi, o único que pratiquei foi o futebol”, disse Foster.
Seu pai, George, comprou o Harlem Globetrotters e junto com Tom Hicks adquiriu o Liverpool em 2007. Porém, a permanência dos Gillets não durou muito nos Reds, pois uma briga entre sócios terminou na venda do clube para a New England Sports Ventures (atual Fenway Sports Group).
Após deixar Anfield, Gillett tentou se aventurar novamente no futebol e ofereceu US$ 300 milhões para ser dono do Olympique Lyonnais, negócio este que acabou não evoluindo.
Futebol argentino e SAFs
Em julho, o governo da Argentina autorizou uma resolução que passará a permitir as Sociedades Anônimas Desportivas (SADs), em outras palavras, o modelo de SAFs como no futebol brasileiro.
A decisão, oriunda da Inspeção-Geral da Justiça (IGJ), não exige que todos os clubes adotem esse modelo de gestão, mas ao menos oferece alterações em artigos do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) 70, emitido pelo presidente Javier Milei em dezembro de 2023, para permitir a abertura da economia do país.
“Atendendo ao disposto nos artigos 346º e 347º do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) nº 70/2023 (…) deve ser aceita a participação de associações civis e fundações como acionistas em sociedades anônimas e a transformação de associações civis em sociedades anônimas; bem como simplificar o registro de entidades de bem comum constituídas no exterior para o desenvolvimento de sua atividade na Argentina”, destacou a resolução.
De acordo com Milei, a abertura do futebol ao capital privado pode reverter em um investimento de até US$ 4 bilhões.
No entanto, a adoção ao modelo, tende a demorar no futebol argentino. Vale lembrar que, em novembro do ano passado, clubes do país uniram forças para vetar a adoção do modelo, em uma votação que teve 45 votos contrários à mudança e apenas favorável.