Nos dias de hoje, atletas de diversas modalidades vêm ampliando sua atuação tanto na indústria do esporte, como também na diversificação de seus investimentos. Iniciativa popular no mundo dos negócios, o aporte em setores distintos da economia já é um movimento praticado há tempos entre pilotos do esporte a motor.
Como exemplo disso, o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, ao terminar sua carreira como competidor profissional, em 1991, passou a dedicar tempo e esforço na gestão de seus empreendimentos. Colocando em prática sua paixão pelo mercado automotivo, o brasileiro fundou uma rede de lojas de pneus Pirelli, a Piquet Pneus, já vendida, e uma revendedora de automóveis da BMW (Piquet BMW), também já negociada.
Além disso, Piquet foi responsável pela inauguração da empresa Autotrac, pioneira no país em monitoramento de caminhões de carga. Referência como esportista e como empreendedor, Ayrton Senna também teve relevância no universo empresarial. O piloto administrava grandes marcas e empreendimentos, além de ter patrocinado vários projetos de assistência filantrópica, principalmente ligados a crianças carentes.
Assim como essas lendas, grandes nomes do automobilismo nacional seguem a prática e ampliam sua atuação para além das pistas. Competidor da Stock Car e atento às oportunidades de negócio, Felipe Massa aliou a paixão pela alta gastronomia com a diversificação de seus investimentos.
Em abril, o ex-F1 inaugurou uma franquia do Song Qi, restaurante especializado na culinária chinesa, em São Paulo. O local se junta ao Beefbar, aberto em 2020, primeiro empreendimento do brasileiro no ramo.
Um dos maiores nomes da categoria no Brasil, Massa descreveu sua paixão pela gastronomia e detalhou como surgiu a ideia de trazer a marca monegasca para o Brasil.
“Eu sempre tive um encanto com a gastronomia, bons restaurantes e não só comer bem, mas também estar em um ambiente legal. Tive o prazer de visitar vários país, provar diversas culinárias. Então dessa forma, isso me trouxe a vontade de trazer ideias diferentes e oportunidades interessantes para o Brasil, que é o país que eu amo. Afinal de contas, existem várias oportunidades no exterior, que casam perfeitamente aqui e principalmente na cidade de São Paulo”, comentou Felipe Massa, em entrevista exclusiva ao MKTEsportivo.
Essa será a primeira franquia do restaurante fora de Mônaco, fruto da parceria de Massa com o fundador do Song Qi, Riccardo Giraudi, e seus sócios Dudu Massa, Ruly Vieira e Rodolfo Tamborrino. Além da unidade no Brasil, Nova Iorque, Londres, Dubai e Milão, são locais cogitados para o plano de expansão.
O piloto detalhou também as etapas do projeto e quando vislumbrou a oportunidade de trazer a marca para o Brasil.
“Primeiramente, trouxemos o Beefbar, restaurante famoso em Mônaco e em diversos país. Nos instalamos em São Paulo há quatro anos e tem sido um baita sucesso. No segundo passo, o objetivo era trazer outro tipo de restaurante, e assim surgiu a oportunidade do Song Qi. Nesse caso, notamos uma escassez de uma cozinha chinesa de alto nível em São Paulo, o que foi visto como uma oportunidade para abrirmos esse empreendimento”, acrescentou Massa.
Um dos principais dilemas dos atletas investidores, é o desafio de conciliar a carreira com a gestão dos empreendimentos. Já que, além dos negócios, o piloto ainda compete em alto nível em uma das principais categorias de turismo do mundo, a Stock Car.
Parte importante na gestão dos restaurantes, Massa enalteceu também a importância de Rui Vieira, sócio e responsável pela administração dos locais.
“Investimos nos restaurantes, mas logicamente não sou eu que toco as franquias. Temos o Rui Vieira, que também é sócio e um profissional muito competente, atuando no gerenciamento tanto da parte de restaurante, como também da equipe. Confiamos muito nele e além de um amigo, ele é muito bom naquilo que faz. Apesar disso, eu estou sempre querendo dar minha opinião e acompanhar como as coisas estão indo”, detalhou.
Atualmente, assim como em outros segmentos, as redes sociais desempenham papel fundamental na vida de um atleta. Além do desempenho esportivo, a forma que os esportistas utilizam as plataformas pode ser crucial na ampliação de interesse de patrocinadores e dos fãs em geral.
Testemunha da chegada e do auge dessa fase, Massa trouxe sua visão sobre como os atletas devem lidar com essas ferramentas e enaltece a importância da relação para a prospecção de negócios.
” O cenário mudou muito do que era antes. Hoje em dia, se você for um atleta que tem o interesse em entregar nas mídias socias mais que outros, isso realmente ajuda. E hoje, acho que o profissional de qualquer área tem que buscar ser um influencer, tem que ser dedicado em entregar um resultado pela mídia social. Não adianta achar que as plataformas não fazem parte da situação, a relevância desse recurso é indiscutível”, finalizou Felipe Massa.
