As janelas de transferências nos países de maior relevância no futebol mundial chegaram ao fim. De acordo com um relatório do Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES), o ano de 2024 apresentou uma queda de 10% nos gastos em comparação com o ano anterior.
Em 2023, a soma das taxas de transferências em todo o mundo chegou a € 12,24 bilhões. Já em 2024, o valor total foi de € 10,96 bilhões. No caso das transferências nacionais, no período considerado pelo estudo (2015 a 2024), o número deste ano representa um novo recorde, de € 3,64 bilhões, ultrapassando a quantia de 2017, de € 3,55 bilhões.
Os clubes das ligas europeias, como Premier League, LaLiga, Bundesliga, Serie A e Ligue 1, continuam sendo os principais responsáveis pelas movimentações no mercado, totalizando, em conjunto, 62,5% do valor em transferências.
Os dois motivos que podem ter maior relação com a queda de 10% nos gastos são a ascensão da Liga Saudita, que tem comprado grandes jogadores, e as dificuldades financeiras enfrentadas na Espanha.
A Premier League segue como o campeonato que mais tem importado jogadores no mundo, mas apresenta um saldo negativo de € 11,54 bilhões na última década. O Brasileirão está na 12ª colocação no ranking de gastos, mas se estabelece como um país exportador de jogadores, com um saldo positivo de € 1,47 bilhão.
No ranking de clubes, o Chelsea apresentou o maior gasto acumulado nas últimas dez temporadas (€ 2,78 bilhões). Manchester City (€ 1,96 bi), Manchester United (€ 1,95 bi), Paris Saint-Germain (€ 1,90 bi) e Juventus (€ 1,77 bi) vêm logo em seguida.
O United foi classificado como o clube com o maior saldo negativo, uma vez que gastou € 1,304 bilhão a mais do que os lucros obtidos com as negociações.
Entre os times brasileiros com maior saldo positivo presentes no estudo, o Athletico-PR aparece no 16° lugar (lucro de € 200 milhões), o Palmeiras em 18° (€ 194 milhões) e o Fluminense em 20° (€ 186 milhões).