Indústria

Relatório aponta aumento de 39% nos casos de racismo no futebol

Foram 136 casos de racismo no futebol registrados no país, um crescimento de 38,77% em relação ao ano anterior, em que houve 98 incidentes

Relatório aponta aumento de 39% nos casos de racismo no futebol

27 de setembro de 2024

2 minutos de Leitura

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) renovou sua parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, entidade que luta contra o racismo no esporte, até 2030. O anúncio chega no momento da publicação do 10º Relatório da Discriminação Racial no Futebol.

A edição 2023 do estudo, realizado pela CBF e o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), aponta 136 casos de racismo no futebol registrados no país, um crescimento de 38,77% em relação ao ano anterior, em que houve 98 incidentes.

“O aumento dos casos reportados em relação à temporada anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que urgem, mais do que nunca, ações efetivas e continuadas, de forma a romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

O relatório mostra ainda o crescimento constante de casos de racismo desde 2016. Em comparação com 2014, primeiro ano do monitoramento, o número de casos cresceu 444%.

“Esse dado não é só ruim. Também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização dos torcedores e dos jogadores. Se a gente tem mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais atenta a entender o que é racismo e as suas diversas formas de expressão”, acrescentou Marcelo Carvalho, presidente do Observatório.

O Relatório da Discriminação Racial no Futebol destaca ainda outros incidentes relacionados a demais tipos de discriminação e violência, como LBGTfobia, machismo e xenofobia.

Considerando outras ordens de discriminação, houve um aumento de 7% nos casos em relação à temporada anterior. O estudo identificou 250 incidentes nos esportes, sendo 222 ocorridos no Brasil e 28 com atletas brasileiros que atuam no exterior.

Entre eles, o racismo lidera, com 184 casos (74% do total). A LGBTfobia, com 41 incidentes (16%), e xenofobia, com 14 (6%), completam o TOP 3.

Por fim, o Rio Grande do Sul foi o líder de casos de racismo em partidas de futebol, com 20 dos 91 incidentes em estádios no futebol brasileiro. O TOP 3 fica completo com São Paulo, com 18, e Minas Gerais, com 10.

Compartilhe
ver modal

Assine a newsletter do MKT