A temporada da NBA vai nesta terça-feira (22) em um momento especial para a competição do basquete americano: financeiramente, a liga nunca esteve tão forte. E o Brasil faz parte desse processo.
A NBA chega à temporada 2024/2025 envolta a uma sucessão de bons números. Em 2023, a liga teve US$ 10,5 bilhão de faturamento, um recorde histórico com mais uma alta após a entidade bater a marca de US$ 10 bilhões no ano anterior.
O crescimento acentuado começou no fim da década de 2010, com faturamento de US$ 8,8 bilhões em 2019, e retrocesso apenas durante a pandemia do Covid-19. Para 2024, a projeção é que esse número chegue nos US$ 13 bilhões. Somente em patrocínios, a NBA já conta com mais de US$ 1,6 bilhão de receita, a considerar os números de 2023.
O momento financeiro da NBA ficou ainda mais em evidência em julho deste ano, quando foi anunciado o novo acordo de TV nos Estados Unidos com ESPN, Comcast e Amazon. O acordo foi avaliado em US$ 77 bilhões por um período de 11 anos.
O faturamento da NBA com patrocínios também tem crescido de maneira constante. Em 2022/2023, a expressiva cifra de US$ 1,66 bilhão (R$ 9,44 bilhões).
No ano seguinte, houve um incremento de 1,3%. Atualmente, o setor de bebida e alimentação responde por 21% dos patrocínios másteres na NBA, seguido pelo serviços financeiros, com 14%.
Em dinheiro investido, os setores financeiro (US$ 247 milhões), de tecnologia (US$ 122 milhões) e de saúde (US$ 105 milhões) foram os que dominaram a liga na última temporada.
Não por acaso, a NBA pensa em expandir, com mais equipes participantes. O assunto tem sido rondado nos bastidores da Liga, ainda que, no último mês, o comissário da entidade, Adam Silver, tenha pedido tempo para tirar o plano do papel.
“Foi algo que dissemos ao nosso Conselho, que planejamos abordar nesta temporada, mas que ainda não estamos prontos. Penso que há certamente interesse no processo, mas que ainda não chegamos lá em termos de tomar quaisquer decisões específicas sobre os mercados”, afirmou o executivo.
Especializado na modalidade, o narrador da ESPN do Brasil, Ari Aguiar cravou que esse é um movimento natural entre as ligas dos Estados Unidos e que, neste momento de maturidade na NBA, a expansão é uma questão de tempo.
“Nós vimos o mesmo movimento acontecendo na NFL muito tempo atrás e o hockey, que é uma liga importante, mas que tem menos receita do que a NBA; a NHL expandiu para 32 franquias com o Seattle e Vegas. NBA vai seguir esse caminho, também com Las Vegas e Seattle. Acho que vai até aumentar um pouco a competitividade da liga. A NBA renegociou seus direitos agora com televisões, e o limite de salários dos jogadores vai aumentar. Então tem espaço, tem total sentido e passou da hora da NBA fazer isso”, afirmou o narrador.
O mercado nacional, por sinal, faz parte desse processo de crescimento comercial da NBA. Neste mês, a abertura de mais uma loja oficial, agora em Curitiba, exemplifica o foco da liga no país. Agora, são 32 unidades brasileiras, tornando o Brasil o terceiro local com mais pontos de venda da liga.
Após abrir um escritório no país no início da última década, a NBA chegou neste ano ao seu recorde de patrocinadores no Brasil, algo que pôde ser explicitado nas diversas ativações da NBA House montada em São Paulo durante as finais da última temporada.