No meio deste ano, os torcedores do Borussia Dortmund iniciaram uma série de protestos contra um novo acordo de patrocínio do clube com a Rheinmetall, uma empresa alemã fabricante de armas. As manifestações chegaram a acontecer,inclusive, na final da Champions League, contra o Real Madrid.
A insatisfação por parte dos torcedores fez com que o presidente do time, Hans-Joachim Watzke, anunciasse na última segunda-feira (25), uma consulta com os 218 mil sócios da equipe alemã para debater o tema.
Segundo a CNN, durante uma assembleia geral anual do Dortmund, 556 participantes se pronunciaram contra, 247 votaram a favor e 52 se abstiveram. O resultado, no entanto, não tem poder efetivo de mudar a decisão de manter o patrocínio.
“É um sinal claro que ouço, mas representa apenas 0,25% de nossos membros. Aceito o resultado como uma primeira dica”, afirmou Watzke.
O CEO do clube alemão ainda defendeu o acordo afirmando que a decisão equilibrou fatores econômicos e responsabilidade social.
“Você não pode descartar que, no final do dia, haverá opiniões diferentes. Levamos a questão aos comitês, ao presidium, ao conselho. Nós a discutimos muito intensamente. Eu sabia que era uma decisão difícil pesar questões econômicas e responsabilidade social. Os comitês, no final, votaram unanimemente que deveríamos fazer isso”, disse.
A colaboração entre o Dortmund e a Rheinmetall tem validade de três anos e o valor é estimado em US$ 19 milhões (R$ 99 milhões). As críticas por parte dos torcedores incluíram cartazes como “Nossos valores esmagados por tanques” e “A grana primeiro, os valores depois” no estádio do clube, logo quando o anúncio foi feito em maio.
Vale destacar que a fabricante de armas teve um grande crescimento na Alemanha devido o conflito entre Rússia e Ucrânia que, segundo a CNN, aumentou a demanda para compra de armamentos.