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Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação sobre manipulação de apostas

A suspeita é de que o jogador teria tomado cartões deliberadamente em um jogo contra o Santos para beneficiar familiares e amigos

Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação sobre manipulação de apostas
Foto: Gilvan de Souza/CRF

05 de novembro de 2024

2 minutos de Leitura

Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo da Operação Spot-Fixing, encabeçada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). Há uma investigação em curso sobre uma possível manipulação de um jogo do Campeonato Brasileiro de 2023.

A suspeita é de que o jogador teria tomado cartões deliberadamente. Na ocasião, o Santos conseguiu a vitória sobre o Flamengo, por 2 a 1, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No duelo, também já haviam sido expulsos Gerson (Flamengo) e Lucas Braga (Santos).

“Informo que expulsei, por decorrência do cartão vermelho direto, o sr. Bruno Henrique Pinto, por me ofender com as seguintes palavras: “Você é um m…”, com o dedo em riste em direção ao meu rosto, após a marcação de uma falta e também após ter sido advertido com cartão amarelo. Após ser expulso, o atleta veio em minha direção, sendo contido pelos seus companheiros. Informo que me senti ofendido”, Rafael Klein, árbitro da partida, em seu relatório.

Segundo o comunicado da PF, “trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão”. A PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Lagoa Santa (MG), Ribeirão das Neves (MG) e Vespasiano (MG).

Além do atleta, são alvos Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos de Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique, e que tem algum vínculo com futebol como ex-jogadores ou jogadores amadores.

A suspeita iniciou após relatórios desenvolvidos pela International Betting Integrity Association (Ibia) e a Sportradar, agências que examinam a integridade das apostas, destacando um volume anormal de apostas em cartões em Flamengo x Santos. O informe foi então repassado pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cliente da Sportradar, à polícia.

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