O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) da Portuguesa apresentou um documento informando que algumas alterações solicitadas no contrato proposto pelo grupo que compõe a SAF não foram atendidas.
Segundo a nota publicada, a promessa de um investimento inicial de R$ 30 milhões não está garantida. O acerto prevê distribuição financeira em duas fases.
No primeiro aporte, a SAF desembolsaria R$ 12 milhões para despesas na montagem de um time competitivo de futebol. Na segunda etapa, o montante de R$ 18 milhões seria direcionado à conclusão do processo de recuperação judicial.
O COF suspeita que a assinatura sem a definição dos conflitos possa ser prejudicial ao clube. Na próxima semana, mais precisamente na terça-feira (3), os associados da Lusa votarão a proposta da SAF, que será o último passo antes da transformação da agremiação em clube-empresa.
Os representantes da Portuguesa buscam a revisão das cláusulas do contrato. O conselho deseja que o aporte inicial “reforce exclusivamente o departamento de futebol” e demonstra contrariedade também com o destino da segunda parte do investimento.
Além disso, a porcentagem da compra também está sendo avaliada. A SAF fez uma oferta inicial por 80% das ações do clube, garantindo que 20% fique nas mãos da Lusa. Apesar disso, no acordo, os investidores teriam a prerrogativa de aumentar sua participação.
Para solucionar o impasse, o COF visa adicionar cláusula que restrinja o crescimento da porcentagem da SAF em 90%, assegurando à Portuguesa pelo menos 10% ao longo dos 50 anos de validade do contrato. As partes já estão dando andamento nas negociações.
Como o MKTEsportivo tem divulgado, dentro do projeto apresentado, nos próximos cinco anos, R$ 270 milhões irão para o futebol, aproximadamente R$ 500 milhões para a reforma/modernização do Canindé e o restante focará na renegociação de dívida. A Portuguesa já tem um investimento previsto de R$ 30 milhões com o futebol na próxima temporada.