Apresentando grande crescimento nos últimos anos, os eSports estão se consolidando como um mercado relevante na indústria. Apesar de representar um movimento recente, a modalidade já detém campeonatos competitivos e vem recebendo cada vez mais a atenção de patrocinadores.
Com o setor ainda em expansão, o segmento tem conquistado o interesse de um seleto grupo de investidores, os jogadores de futebol.
Um dos casos mais famosos, o ex-jogador Sergio Aguero investiu em sua própria organização, a KRU eSports. Antes disso, o argentino sempre se mostrou um entusiasta, lançando um canal na Twitch em 2020, onde jogava FIFA e Valorant. Nessa época, o ex-atleta foi um dos streamers de crescimento mais rápido na plataforma naquele ano, após ganhar mais de 800 mil seguidores em um mês.
Meses depois, Lionel Messi, seu ex-companheiro de seleção argentina e amigo pessoal, juntou-se como parceiro para ajudar a aumentar a visibilidade da marca em todo o mundo. Em 69 torneios de esportes eletrônicos, a equipe faturou mais de US$ 692 mil, de acordo com o esportsearnings.com, site que monitora ganhos de equipes em torneios profissionais.
Embora Kun Aguero tenha se destacado no segmento também atuando com o controle na mão, outros jogadores de futebol entraram apenas como investidores na indústria, em lista que inclui Casemiro, David de Gea, Bruno Fernandes e Juan Mata.
Em 2020, o meio-campista brasileiro Casemiro, auxiliou no lançamento de organização. A Case Esports, que se concentra principalmente no jogo Counter-Strike, vem arrecadando mais de US$ 111 mil em 39 competições disputadas.
Em período próximo, o goleiro espanhol De Gea lançou o Rebels Gaming, equipe que disputa torneios de League of Legends. Dois de seus ex-companheiros de Manchester United, Bruno Fernandes e Juan Mata ingressaram como investidores em 2022. A equipe tem cerca de 75 mil seguidores nas redes sociais e já faturou US$ 77 mil em 27 campeonatos.
Pioneiro nesse tipo de investimento, em agosto deste ano, David Beckham anunciou a venda de sua organização, a Guild eSports, para a empresa norte-americana DCB Sports. A equipe foi a primeira instituição de esportes eletrônicos a ser listada na Bolsa de Valores de Londres. A negociação ocorreu após a empresa registrar prejuízo de £ 1,8 milhão no começo de 2024, e apresentar perdas de £ 26,6 milhões ao longo de três anos e meio.
A previsão para os próximos anos é otimista. O segmento deverá gerar US$ 4,3 bilhões (£ 3,3 bilhões) em receitas já em 2024, de acordo com Statista, plataforma de insights de negócios. Além disso, até 2029, espera-se que as receitas globais dos esportes eletrônicos sejam de US$ 5,9 bilhões, beneficiando-se consideravelmente seus investidores.