Indústria

Flamengo terá que negociar realocação de estruturas de gás para avançar com novo estádio

A Prefeitura do Rio não incluiu a área na desapropriação do terreno do Gasômetro, o que impede a execução da obra enquanto essa questão não for resolvida

Flamengo terá que negociar realocação de estruturas de gás para avançar com novo estádio
Foto: Divulgação

12 de dezembro de 2024

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Em novembro deste ano, o Flamengo apresentou o projeto de seu novo estádio, que tem previsão de conclusão para 2029. A construção, que deve erguida na região do Gasômetro, zona portuária do Rio de Janeiro, está ameaçada por conta de um problema constatado recentemente.

Isso porque a Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar emitiu, nesta semana, um comunicado que acendeu um alerta entre os torcedores do clube carioca. Segundo a determinação da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa), uma parte do terreno do Gasômetro, planejado para abrigar o futuro estádio, é de propriedade da Naturgy, sucessora da antiga Companhia Estadual de Gás (CEG).

A área da Naturgy no local abriga uma série de estruturas ativas, como laboratórios, depósitos, um gasoduto e uma estação de medição, que são essenciais para o fornecimento de gás. Isso significa que, para viabilizar o projeto do estádio do Flamengo, essas instalações precisariam ser realocadas. A Prefeitura do Rio não incluiu essa área na desapropriação, o que impede a execução da obra enquanto essa questão não for resolvida.

A Agenersa também informou que a empresa atende cerca de 400 mil consumidores em áreas como Tijuca, Zona Sul e Centro do Rio, destacando a importância da infraestrutura no fornecimento de energia à cidade.

As instalações da Naturgy ocupam aproximadamente 62 mil m² do terreno, mas o comunicado da empresa reivindica cerca de 1% da área total, que ultrapassa os 86 mil m². Como a desapropriação realizada pela Prefeitura não incluiu essa porção, a empresa exige que a situação seja resolvida antes de qualquer avanço no projeto do estádio. Isso significa que o Rubro-Negro só poderá dar continuidade à construção após a remoção das tubulações de gás e outros materiais da Naturgy presentes no local.

A responsabilidade pelo custeio da realocação das instalações recai sobre o vencedor do Leilão, no caso, o Flamengo. Um laudo inicial havia estimado o custo da realocação em cerca de R$ 250 milhões, mas após uma reavaliação realizada por técnicos da concessionária, esse valor foi reduzido para aproximadamente R$ 100 milhões.

Recentemente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou tranquilizar os torcedores do Flamengo por meio das redes sociais, afirmando que a situação estava sob controle. No entanto, até o momento, nenhuma ação concreta foi tomada para resolver o impasse.

O certo é que o clube enfrentará um custo não previsto inicialmente, para a remoção das tubulações de gás. Com todas as partes reunidas, o clube carioca deverá resolver a questão para que o projeto do estádio finalmente se concretize, superando os obstáculos e avançando para a realização do empreendimento.

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