Ronaldo Nazário, ex-jogador e dono do Valladolid, da Espanha, anunciou que irá se candidatar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 2026.
O pentacampeão do mundo com a Seleção Brasileira confirmou, em entrevista ao ge, que irá se candidatar no próximo pleito. Atual presidente, Ednaldo Rodrigues ficará no cargo até março de 2026. Ele pode convocar as eleições até um ano antes do término, em março de 2025.
Ao ge, Ronaldo expressou seu desejo de que o futebol brasileiro volte a ser respeitado mundo a fora.
“Eu tenho centenas de motivações, mas a maior delas é voltar com o respeito do futebol brasileiro a nível mundial. O que mais acontece comigo nas ruas são as pessoas parando e pedindo para eu voltar a jogar, porque a situação da Seleção não é das melhores neste momento, tanto dentro de campo quanto fora”, disse o pentacampeão.
Importante destacar que para ser presidente da CBF ele terá que vender a sua participação no Valladolid, algo que já está em andamento. Na entrevista, Ronaldo afirmou que desde o começo do processo eleitoral já quer estar 100% dedicado ao objetivo de chegar ao cargo mais alto da CBF.
Para ser oficialmente candidato, Ronaldo necessita apoio de quatro federações e quatro clubes, entre Série A e B, pelo menos. Em posicionamento divulgado em suas redes sociais, Fenômeno promete rodar o Brasil em busca de apoio.
“Vou percorrer todos os cantos do Brasil, ouvir toda essa gente que precisa ser ouvida – hoje e sempre – e apresentar às Federações um projeto de investimento privado nunca antes visto para o crescimento sustentável do esporte em cada estado do país”, publicou.
Abaixo, o texto publicado por Ronaldo em suas redes sociais:
Foi o futebol brasileiro que me abriu as portas do mundo inteiro. Não como jogador, não falo da minha história. O nosso futebol é muito maior que eu. Falo sobre vestir a amarelinha, o peso que ela carrega. Ser o futebol brasileiro em cada canto do planeta, representar a velha paixão nacional que ia muito além das fronteiras.
Sim, ainda somos a única Seleção pentacampeã mundial, mas, no momento atual, até o nosso conceito de excelência está muito abaixo do nosso potencial.
Perdemos a essência? O que mais se perdeu? Não posso voltar em campo como muitos de vocês me pedem por aí. E, sinceramente, nem acho que as nossas maiores derrotas dos últimos anos foram dentro das quatro linhas. Elas não foram televisionadas. Precisamos olhar para fora dos holofotes. Para dentro das instituições. Para a mentalidade dos nossos atletas. Para as nossas relações.
Olho para tudo isso há bastante tempo. Parei de jogar, mas nunca saí do jogo. Foi como ampliar a visão. Mudar de posição. Conectado a pessoas e empresas, com vínculos duradouros, tive muitas conversas importantes nos bastidores. São inúmeras as minhas motivações para essa candidatura agora e talvez a maior delas é acreditar que posso contribuir verdadeiramente para recuperar o respeito pelo futebol brasileiro.
Eu falo de gestão. De mexer nas nossas estruturas preservando o que nos sustenta, reformando o que nos faz ruir enquanto instituição. Desejo uma CBF amada pelos brasileiros, respeitada pelo mundo inteiro. Uma transformação inédita e potente que dialoga com toda a indústria – os clubes, as federações, atletas, patrocinadores e torcedores – e dá aos protagonistas o papel que lhes cabe. Relevante e essencial.
Vou percorrer todos os cantos do Brasil, ouvir toda essa gente que precisa ser ouvida – hoje e sempre – e apresentar às Federações um projeto de investimento privado nunca antes visto para o crescimento sustentável do esporte em cada estado do país. Seguir gerando negócios, empregos e entretenimento, com inovação. Reconstruir a credibilidade da entidade máxima do futebol brasileiro, com a nossa velha paixão nos novos tempos.