O Club Atlético Independiente, maior campeão da Copa Libertadores com sete títulos, está prestes a realizar uma reforma em seu estádio. O Libertadores de América, atualmente com capacidade para 42.069 torcedores, passará por uma expansão que adicionará mais 15 mil lugares, totalizando 57 mil assentos.
O projeto inclui uma cobertura completa do estádio e a construção de um estacionamento com capacidade para 800 veículos. Estima-se que a obra levará 18 meses para ser concluída e será financiada por um grupo de investimentos.
Inspirado pela recente modernização do Monumental de Nuñez, do River Plate, o projeto do Independiente também será conduzido pela BMA, a mesma empresa responsável pela expansão do maior estádio da América do Sul. A companhia trouxe soluções inovadoras para o Más Monumental e agora visa aplicar essa expertise na transformação da casa do Independiente, proporcionando aos torcedores uma experiência mais moderna e confortável.
A reforma será financiada pela Azura Partners, que, de acordo com informações da TyC Sports, receberá as receitas geradas pelo estádio por um período de 15 a 30 anos. A negociação entre o presidente do clube argentino, Néstor Grindetti, e os investidores foi considerada positiva, e uma nova reunião está marcada para esta semana, onde serão discutidos os últimos detalhes do contrato e da execução das obras.
Capital privado no futebol argentino
No fim de 2024, após a final da Libertadores de 2024, disputada entre Botafogo e Atlético-MG – transformados em Sociedades Anônimas do Futebol nos últimos anos -, reacendeu na Argentina o debate sobre a conversão dos clubes em sociedades anônimas desportivas (SADs), modelo semelhante às SAFs brasileiras.
O governo de Javier Milei, que defende a abertura do futebol ao capital privado, usou o título do time carioca como exemplo de sucesso para reforçar a proposta. Apesar disso, a Associação do Futebol Argentino (AFA) mantém resistência, alegando que a mudança pode comprometer a essência e a identidade dos clubes locais.