Em dezembro, a LaLiga realizou, em Buenos Aires, na Argentina, o ‘Encontro Contra a Fraude Audiovisual na América Latina’, que reuniu especialistas para discutir temas ligados à tecnologia e ao combate ao crime cibernético. A entidade acusou o Google e Cloudflare de serem ‘cúmplices’ de crime de pirataria audiovisual e informou que deseja reduzir em 70% as fraudes envolvendo seus conteúdos em 2025.
Nesta quinta-feira (2), a liga espanhola anunciou mais um avanço significativo no combate à fraude e à distribuição de conteúdos ilegais. A iniciativa ocorre após a desativação de canais que operavam na plataforma Cristal Azul, em novembro passado, consolidando os esforços da entidade em proteger os direitos de transmissão e combater a pirataria digital.
“Após meses de trabalho entre mais de uma dezena de países e empresas privadas, coordenado pela República da Bulgária e liderado pela Europol, foi desmantelada uma rede que fornecia e distribuía ilegalmente conteúdos a mais de 22 milhões de utilizadores em todo o mundo”, afirmou, em nota, o presidente da LaLiga, Javier Tebas.
Batizada de “Operação Kratos”, a ação foi realizada entre julho e setembro do último ano e teve como alvo a distribuição ilegal de conteúdos de serviços de streaming, incluindo filmes, séries e transmissões esportivas. A operação identificou 102 suspeitos, dos quais 11 foram detidos. Além disso, desmantelou uma das maiores redes de streaming ilegal em operação tanto dentro quanto fora da União Europeia, marcando um golpe significativo contra a extorsão.
“A operação foi realizada no contexto da celebração de eventos esportivos de grande escala neste verão, como a Uefa Euro-2024 e os Jogos Olímpicos, com o objetivo principal de combater a pirataria digital sob a forma de publicação, distribuição e divulgação de conteúdo digital conteúdo sujeito a direitos autorais e direitos conexos”, acrescentou Tebas.
Entre os resultados, foram identificados mais de 560 revendedores do serviço ilegal, além da apreensão de drogas, armas, criptomoedas avaliadas em aproximadamente € 1,6 milhão (cerca de R$ 10,3 milhões) e € 40 mil (cerca de R$ 257 mil) em dinheiro. As ações destacam o impacto financeiro e criminal das atividades piratas, reforçando a necessidade de operações conjuntas entre entidades esportivas e autoridades de segurança.
“A rede distribuiu ilegalmente mais de 2.500 canais de televisão e atingiu mais de 22 milhões de utilizadores em todo o mundo sem o consentimento dos proprietários dos direitos”, informou a nota.