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CBF responde Ronaldo e defende transparência no processo eleitoral

Entidade alega que estatuto foi revisado pela Fifa e aprovado por federações estaduais

CBF responde Ronaldo e defende transparência no processo eleitoral
Foto: Franck Fife/AFP

26 de fevereiro de 2025

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Após Ronaldo Nazário enviar uma carta à CBF, Fifa, Conmebol e aos presidentes dos clubes das Séries A e B do Brasileirão, questionando a forma como ocorre o processo eleitoral da entidade e sugerindo alterações para garantir maior transparência e segurança jurídica, a Confederação Brasileira de Futebol se manifestou e afirmou que seu atual modelo de eleições segue padrões democráticos e transparentes.

Entre as mudanças propostas pelo ex-jogador está a definição da data da eleição com antecedência mínima de um mês, visando garantir melhor organização e maior participação dos interessados no pleito. Ele também sugeriu que Fifa e Conmebol acompanhem o processo eleitoral, reforçando a lisura da disputa pelo comando do futebol brasileiro.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal homologou um acordo entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol, confirmando a validade da eleição de Ednaldo Rodrigues, realizada em 2022. Com isso, ele permanece na presidência da entidade até o fim do mandato, em março de 2026.

Pré-candidato à presidência, Ronaldo criticou às regras do atual processo eleitoral da entidade, argumentando que as exigências dificultam a entrada de novas candidaturas. Enquanto isso, Ednaldo Rodrigues segue articulando apoio entre federações estaduais para garantir a reeleição. De acordo com o estatuto da CBF, para se candidatar, é necessário contar com o respaldo formal de, pelo menos, quatro federações estaduais e quatro clubes.

Na avaliação do Fenômeno, a atual estrutura estatutária favorece o presidente em exercício, tornando o processo menos competitivo e reduzindo as chances de concorrência equilibrada. Ele argumenta que o modelo vigente restringe a possibilidade de surgimento de candidaturas alternativas, o que comprometeria a isonomia do pleito.

A CBF, em sua resposta, destacou que a organização das eleições é responsabilidade de uma Comissão Eleitoral, cuja função é garantir que todas as normas estatutárias sejam cumpridas e assegurar a idoneidade do processo. A entidade também reforçou que os candidatos podem recorrer a essa comissão para discutir eventuais questões ligadas ao pleito.

Sobre o pedido de Ronaldo para que Fifa e Conmebol fiscalizem as eleições, a entidade brasileira justificou que seu estatuto passou por revisão da Fifa e foi posteriormente aprovado em assembleia com a participação das 27 federações estaduais. No entanto, a confederação não comentou sobre a solicitação de definição antecipada da data do pleito, uma das principais reivindicações do ex-jogador.

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