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Ferj firma parceria com empresa responsável pela manutenção do gramado do Maracanã

Federação de Futebol do Rio de Janeiro falou sobre as críticas à bola do Carioca e disse que implementará padronização dos campos do Estadual

Ferj firma parceria com empresa responsável pela manutenção do gramado do Maracanã
Foto: André Durão

14 de fevereiro de 2025

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Após reunião com representantes dos clubes, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou que implementará uma padronização dos gramados dos estádios que sediam os jogos do Campeonato Carioca. No encontro realizado na sede da entidade nesta semana, o presidente Rubens Lopes diz ter firmado uma parceria com a Greenleaf, responsável pelo campo do Maracanã, para que a empresa realize diagnósticos e fiscalize as condições dos campos, exigindo que todos os envolvidos se adaptem às novas diretrizes.

“A Greenleaf vai fazer um convênio para aplicar um padrão para todos os gramados do Carioca. Vamos eliminar as variáveis em que cada um faz o que quer. Todos vão ter de se adaptar. É bom para todo mundo. Porque um faz certinho e outros, não”, afirmou Lopes.

Em paralelo, o Botafogo manifestou seu descontentamento com as condições do gramado do Estádio de Moça Bonita, casa do Bangu, após enfrentar o Nova Iguaçu. O clube ressaltou que não é aceitável disputar partidas com um campo nessas condições, destacando a importância de preservar a integridade física dos jogadores.

Em resposta, a Ferj e o Bangu afirmaram que atuaram em conjunto antes do início do Carioca. Jorge Varela, presidente do clube da Zona Oeste, comentou que o corte do campo estava conforme o indicado, sugerindo que a diferença pode ser atribuída ao fato de o Botafogo estar habituado com o gramado sintético do Estádio Nilton Santos.

Outro ponto abordado foi a utilização da bola no Cariocão. Após críticas do técnico do Flamengo, Filipe Luís, e o apoio de outros profissionais como o goleiro Rossi, além de jogadores do Fluminense, Thiago Silva e Guga, a entidade defendeu o material ao afirmar que ele conta com a aprovação da FIFA e que as reclamações não se baseiam em dados científicos, sendo de natureza subjetiva. A fornecedora Penalty foi convidada a participar da discussão, mas optou por não comparecer.

Representante do Rubro-Negro na reunião, Dekko Roisman, responsável pela área de Relações Institucionais, trouxe ao debate as impressões dos atletas, que apontaram que a bola apresenta um quique mais acentuado, segue uma trajetória diferente do padrão e sofre alterações em suas características ao decorrer do jogo.

Em sua conclusão, Rubens Lopes ressaltou que o mesmo modelo de bola já é utilizado em outros estaduais, com mais de 300 partidas realizadas até o momento. Ele afirmou que a Ferj pretende contratar uma empresa especializada para avaliar tecnicamente os parâmetros exigidos para a homologação do equipamento. Segundo Lopes, sem dados objetivos que apontem alguma divergência dos padrões técnicos, não há como afirmar que a bola seja inferior ou superior a outros modelos, “o mais importante é que esteja dentro dos padrões técnicos exigidos para que seja utilizada nas competições oficiais”.

No Paulistão, Neymar também questionou a qualidade da bola da Penalty, o que levou a marca a emitir um comunicado oficial reafirmando seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento do futebol.

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