A LALIGA anunciou nova ação em sua estratégia global contra a fraude audiovisual ao se unir ao Núcleo Antifraude da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).
Através desta parceria, a organização reforça seu compromisso com a proteção dos direitos de transmissão no mercado brasileiro, onde a pirataria representa uma das maiores ameaças para a indústria.
Ao se integrar ao Núcleo Antifraude da ABTA, a liga fortalecerá o ecossistema, trabalhando em conjunto com órgãos importantes como a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Entre as principais iniciativas em curso e que serão apoiadas estão: o bloqueio de conteúdos ilegais, com a implementação de medidas para a desativação de domínios piratas e restrição dinâmico de endereços IP em tempo real; a operação 404, que oferece apoio à iniciativa do governo brasileiro, resultando na queda de milhares de plataformas ilegais e apreensão de equipamentos; e a Colaboração tecnológica, onde ferramentas avançadas são utilizadas para identificar e eliminar transmissões ilegais.
“O combate à fraude audiovisual está no DNA da LALIGA. Há anos, desenvolvemos soluções inovadoras para a proteção de nossos conteúdos e colaboramos com organismos internacionais para erradicar a fraude AV. O Brasil é uma prioridade nessa luta, e essa parceria com a ABTA nos permitirá dar mais um passo na proteção dos direitos audiovisuais na região”, afirma Guillermo Rodríguez, Diretor de Operações Antifraude Digital e Audiovisual da LALIGA.
O Brasil é um mercado relevante para LALIGA, com um grande interesse pelo futebol espanhol e um forte vínculo cultural com seus clubes. No entanto, o acesso ilegal a conteúdos esportivos continua crescendo.
Segundo levantamento da Ampere, de 2023, 67% dos consumidores brasileiros admitem ter utilizado plataformas ilegais pelo menos uma vez por mês para assistir a esportes ao vivo. O ato tem gerado perdas milionárias para a indústria audiovisual, afetando não apenas os detentores de direitos, mas também a economia do país, com um prejuízo estimado em R$ 51,7 bilhões nos últimos cinco anos.
“O apoio de uma organização de alcance mundial como a LALIGA é uma importante contribuição à nossa missão de manter um ecossistema audiovisual seguro e sustentável. É também um reconhecimento aos avanços que tornaram o Brasil uma referência internacional no combate à pirataria audiovisual, graças à cooperação público-privada”, disse Oscar Simões, presidente da ABTA.
A pirataria não apenas prejudica as empresas de conteúdo, mas também gera impactos negativos nos empregos, na arrecadação de impostos e no financiamento de atividades ilícitas.
“Nesse contexto, a LALIGA continua apostando em uma estratégia global que combina inovação tecnológica, parcerias estratégicas e pressão regulatória para garantir a proteção de seu produto audiovisual em todos os mercados onde atua”, finalizou Guillermo Rodriguez.
