O presidente-executivo do Shakhtar Donetsk, Serhii Palkin, criticou a postura da Fifa em relação ao futebol ucraniano desde a Rússia invadiu o País, há três anos. Segundo ele, a entidade se omite diante das dificuldades enfrentadas pelos clubes locais, que retomaram suas atividades após uma paralisação de seis meses, lidando com uma economia fragilizada e danos estruturais significativos.
Como alternativa, Palkin sugeriu a criação de um fundo de apoio ao futebol do país, com a federação entre as principais doadoras. As declarações foram publicadas pelo jornal The Guardian.
A relação entre a entidade e os clubes ucranianos se deteriorou após a decisão que permitiu a jogadores estrangeiros suspenderem seus contratos no país, impactando financeiramente diversas equipes. O Shakhtar Donetsk tentou recorrer contra a medida e chegou a solicitar à entidade uma indenização de £ 43 milhões em 2022, mas o pedido foi rejeitado pelo Tribunal Arbitral do Esporte.
Além da questão financeira, Palkin destacou a necessidade de manter a proibição de clubes russos em competições internacionais, defendendo que a medida é essencial diante do atual cenário geopolítico. O executivo relembrou que a guerra na região já dura uma década e que o Shakhtar, desde 2014, precisou deixar sua cidade natal, Donetsk, atuando em locais alternativos para disputar suas partidas.
Apesar das críticas, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do futebol ucruaniano, relembrando encontro com Andriy Shevchenko, presidente da Associação Ucraniana de Futebol, e o aporte de US$ 1 milhão para auxiliar o País com suprimentos humanitários.