A temporada de 2025 da Fórmula 1 inicia neste final de semana evidenciando transformações significativas no perfil de sua audiência, nas estratégias de patrocínio e nas parcerias com plataformas de streaming, como a Netflix.
Estudos recentes revelam que a base de fãs da F1 está se tornando progressivamente mais jovem e diversificada. Uma pesquisa global de 2021, conduzida pela Motorsport Network em parceria com a Fórmula 1 e a Nielsen Sports, indicou que a idade média dos fãs é de 32 anos, quatro anos a menos em relação à pesquisa anterior.
Além disso, entre 2018 e 2022, houve um aumento de 44% na audiência de torcedores com até 35 anos, e um crescimento de 21% no público com até 25 anos nos circuitos durante 2021 e 2022. Notavelmente, as mulheres representam mais da metade dos fãs.
Esse perfil demográfico atraiu uma variedade de patrocinadores, especialmente marcas voltadas ao consumidor. Sob a administração da Liberty Media, as receitas de patrocínio da F1 dobraram desde 2019, atingindo US$ 632 milhões em 2024. Marcas de tecnologia, como Amazon, AMD, Cognizant, Dell e Oracle, estabeleceram parcerias com equipes, reconhecendo a sinergia entre inovação e desempenho automobilístico.
Paralelamente, a F1 tem explorado parcerias com plataformas de streaming para ampliar seu alcance. A série “Drive to Survive” da Netflix, lançada em 2019, teve um impacto significativo na popularização entre os jovens. A audiência da série aumentou de 6,8 milhões em 2023 para 16,9 milhões em 2024, consolidando a Netflix como candidata aos direitos de transmissão da categoria para o futuro.
Atualmente, a ESPN detém os direitos nos EUA até 2025, mas a exclusividade para negociações expirou, permitindo que outras plataformas, como a Netflix, participem do processo.
Para o Brasil, 2025 ficará marcado pelo momento histórico do retorno do país ao grid a partir de Gabriel Bortoleto, o primeiro piloto brasileiro titular desde 2017. Bortoleto, de 20 anos, foi contratado pela equipe Sauber após títulos consecutivos na Fórmula 3 e Fórmula 2.
