Indústria

Por exigência da FIFA, MetLife troca gramado sintético por natural para receber Copa do Mundo de Clubes

Palmeiras e Fluminense estreiam no estádio, que também será palco da final do torneio

Foto: David Sundberg/Esto

15 de junho de 2025

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O debate sobre o uso de gramado sintético ganhou novo capítulo com a realização da Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos, sendo que a arena escolhida para a decisão do torneio, o MetLife Stadium, precisou modificar sua estrutura e substituir o campo artificial por um piso de grama natural para atender às exigências da FIFA. O estádio também será o palco de estreia do Palmeiras, que enfrenta o Porto neste domingo (15), e do Fluminense, que encara o Borussia Dortmund na terça-feira (17).

Após críticas na Copa América de 2024, também disputada nos Estados Unidos, a entidade que comanda o futebol decidiu ampliar o controle sobre a preparação dos campos nas competições que organiza, com um grupo de observação sendo destacado durante o torneio continental para registrar falhas apontadas por atletas, sendo o gramado um dos temas mais mencionados. A FIFA passou então a investir em soluções práticas e em ajustes nos padrões para a Copa do Mundo de Clubes e, futuramente, para o Mundial de seleções em 2026.

Entre as determinações técnicas, ficou estabelecido que todos os estádios devem seguir a mesma medida oficial de 105 metros por 68 metros, visto que na Copa América, houve queixas sobre variações no tamanho dos campos. Além disso, mesmo as arenas utilizadas para jogos da NFL, que tradicionalmente operam com grama sintética, foram obrigadas a fazer a troca pelo piso natural, embora ainda utilizem uma base com fibras artificiais entrelaçadas. No caso do MetLife Stadium, as obras de adequação começaram em fevereiro deste ano.

Escolha do MetLife Stadium levanta questões antigas

Além de ser o local da decisão do torneio intercontinental, a arena acumula críticas de jogadores da NFL por causa do gramado anterior. Por muitos anos, atletas do New York Giants e do New York Jets, equipes que dividem o espaço, relataram lesões que, segundo eles, teriam relação direta com a superfície escorregadia do campo.

Embora o piso tenha passado por atualizações recentes, o material continuava sendo artificial. De acordo com os administradores do estádio, manter um gramado natural em bom estado em Nova York durante a temporada da NFL é considerado inviável devido ao uso intenso por dois times profissionais.

Com foco na qualidade dos gramados, a FIFA destinou um valor de US$ 5,5 milhões (R$ 31 milhões) para um projeto de pesquisa lançado em 2022, com a iniciativa sendo desenvolvida em parceria com a Universidade do Tennessee e a Universidade Estadual de Michigan, com o objetivo de criar superfícies de jogo mais regulares e adequadas às competições internacionais.

A princípio voltado apenas para a Copa do Mundo de 2026, o estudo acabou sendo estendido também à Copa do Mundo de Clubes, que agora já conta com os primeiros estádios adaptados a essas novas diretrizes.

Foto: Reprodução
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