O apostador brasileiro é mais estratégico e diverso do que o mercado imagina. É o que revela o estudo realizado pela techfin Paag, empresa especializada em pagamentos e soluções tecnológicas, sobre as transações financeiras para o setor de apostas registradas na companhia durante o primeiro trimestre de 2025.
Com informações sobre o perfil dos jogadores e valores depositados nas bets, a análise revela padrões sobre comportamento, incluindo região, faixa etária e ticket médio, com insights que ajudam a entender o futuro do setor regulado no país.
Com um conhecimento sobre o perfil geral dos apostadores, o relatório destaca a preferência majoritária por apostas mais baixas. Para o ticket médio dos apostadores brasileiros nas plataformas de aposta, o estudo aponta um valor de R$ 61,52. Também destaca que a maioria dos depósitos feitos é inferior a R$ 100,00 em mais de 90% das vezes.
As transações acima de R$ 1 mil estariam concentradas em um pequeno grupo de apostadores e representariam menos de 1% das operações. Essa fatia, entretanto, corresponde a quase 15% da receita.
“Sabemos que muitas vezes os dados são restritos mesmo dentro do próprio setor. Conhecer o comportamento do jogador nas bets é fundamental para balizar as principais políticas e reforçar a segurança no setor, inclusive quais medidas seriam mais eficientes para o Governo tomar”, afirmou João Fraga, CEO da Paag.
Além disso, o levantamento também mostra que a faixa etária de jogadores entre 25 e 49 anos representa a maior fatia das operações e do valor movimentado, além de constituir o principal motor do setor.
Já a fatia de apostadores entre 65 e 79 anos, embora pequena, representaria o maior ticket médio individual (R$ 71,79). O principal ponto de atenção seria entre os jogadores de 18 a 24 anos, com ticket médio semelhante ao das faixas mais avançadas.
O estudo também destacou que o mercado de apostas no Brasil é amplamente pulverizado e mantém forte presença em todas as regiões brasileiras. Em localidades como Paraná, Santa Catarina e o Centro-Oeste, tickets médios são os mais elevados do país, acima de R$ 66. São Paulo, por sua vez, é a região que lidera em participação, sendo o principal mercado tanto em volume quanto em valor.