Roger Federer agora faz parte do seleto grupo de ex-atletas bilionários. Mesmo tendo encerrado a carreira em 2022, o ex-tenista, vencedor de 20 Grand Slams, segue colhendo os frutos de sua trajetória de 24 anos nas quadras, que lhe rendeu US$ 130,6 milhões (R$ 715 milhões) em prêmios oficiais. Ainda assim, a maior parte de seu patrimônio veio de acordos comerciais e de um investimento certeiro em uma marca suíça de calçados esportivos que ganhou projeção global.
De acordo com o Bloomberg Billionaires Index, Federer acumula um patrimônio de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,1 bilhões), colocando seu nome ao lado de outras lendas do esporte como Michael Jordan, que acumulou uma fortuna de US$ 3,5 bilhões depois de negociar sua participação no Charlotte Hornets em 2023, Tiger Woods, com estimativa de US$ 1,36 bilhão (R$ 7,44 bilhões) e LeBron James, com o patrimônio líquido de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,46 bilhões).
Boa parte desse sucesso financeiro vem de alianças duradouras com marcas de renome como Rolex, Lindt e o banco suíço UBS. Ele também montou uma estrutura de gestão ao redor de seus negócios, com a Team8, empresa que fundou ao lado de seu agente Tony Godsick, e a Format A AG, que cuida de seus investimentos e iniciativas sociais.
Um dos acordos mais relevantes aconteceu em 2018, quando Federer trocou a Nike pela japonesa Uniqlo, em um contrato de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) por dez anos. Na época, com 37 anos e próximo da aposentadoria, o acerto chamou atenção por não envolver calçados, o que abriu espaço para novas parcerias nesse segmento.
A oportunidade surgiu quando sua esposa adquiriu um par de tênis da On, marca suíça ainda pouco conhecida. Federer se interessou, conheceu os fundadores em um jantar em Zurique e decidiu comprar 3% da On Holding AG. Atualmente avaliada em quase US$ 17 bilhões (R$ 94 bilhões), a empresa fez com que sua fatia ultrapassasse US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões). Ele também participou do desenvolvimento de um modelo com sua assinatura.
Diferente de outros atletas aposentados, Federer evitou os holofotes tradicionais e campanhas duvidosas. Discreto, opta por aparições pontuais, como na recente abertura das 24 Horas de Le Mans, onde hasteou a bandeira da França, e no lançamento de uma nova linha de roupas da Uniqlo, em Paris.