O futuro de Malik Beasley na NBA, que parecia promissor após uma temporada sólida pelo Detroit Pistons, entrou em compasso de espera. O jogador de 26 anos, que tinha encaminhado um acordo de renovação de três anos com a franquia de Michigan no valor de US$ 42 milhões, o maior contrato de sua carreira, agora vê o cenário mudar drasticamente por conta de uma investigação federal que o coloca no centro de uma possível fraude em apostas esportivas.
A negociação, que parecia próxima de ser concretizada, foi interrompida nos últimos dias, após autoridades dos Estados Unidos iniciarem uma apuração sobre movimentações suspeitas envolvendo uma partida disputada em janeiro de 2024, quando Beasley ainda vestia a camisa do Milwaukee Bucks.
Segundo os relatórios iniciais, o alerta surgiu após uma casa de apostas registrar um volume atípico de palpites relacionados ao desempenho do jogador, mais especificamente à quantidade de rebotes que ele pegaria na partida contra o Portland Trail Blazers, em 31 de janeiro. A linha de apostas para menos de 2,5 rebotes despencou rapidamente, de odds positivas para negativas, o que sugere uma manipulação no mercado. Apesar disso, Beasley terminou o jogo com seis rebotes, acima da média prevista.
Esse tipo de movimentação repentina é um sinal de alerta para plataformas de apostas e autoridades, uma vez que pode indicar acesso prévio a informações manipuladas ou tentativa de fraude.
Enquanto a apuração prossegue, o momento turbulento da carreira de Beasley ganha contornos ainda mais complexos com os problemas financeiros que vieram à tona na imprensa americana. Reportagens apontam que o jogador acumula dívidas que ultrapassam US$ 43 milhões. Entre os credores, estão sua ex-agência de marketing, que cobra uma indenização de US$ 12 milhões por quebra de contrato, além de um proprietário de imóvel, um dentista e até um barbeiro.
A NBA, por ora, se limita a informar que está cooperando com as investigações, enquanto o advogado do jogador, Steve Haney, reforça que seu cliente ainda não é formalmente acusado de nenhum crime. Ele destacou que uma investigação, por si só, não configura culpa e que Beasley tem direito à presunção de inocência.
