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Mídia escandinava diz que hotéis do Catar recusam reservas para hóspedes LGBTQIA+

A investigação descobriu que torcedores se passando por gays receberam respostas negativas ao entrar em contato com estabelecimentos

Mídia escandinava diz que hotéis do Catar recusam reservas para hóspedes LGBTQIA+

13 de maio de 2022

2 minutos de Leitura

Profissionais de mídia de países escandinavos revelaram que hotéis recomendados pela FIFA no Catar se recusaram a aceitar hóspedes da comunidade LGBTQIA+.

Vale lembrar que um dos chefes da segurança no país já afirmou publicamente que a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento, “insulta a sociedade” local.

A investigação descobriu que torcedores se passando por gays receberam respostas negativas após entrar em contato com 69 hotéis e solicitar reservas. Três deles rejeitaram, com um deles sugerindo que seria contra a política do estabelecimento.

Segundo a NRK, que engloba emissoras de rádio e TV da Noruega, a resposta recebida foi a seguinte: “Obrigado por sua pergunta, mas infelizmente temos que informá-lo que não podemos lhe dar um quarto devido à política do hotel. Caso haja algo mais, não hesite em entrar em contato. Com os melhores votos.”

Os jornalistas ainda questionaram 33 outros hotéis recomendados pela FIFA. Enquanto uns sequer responderam, outros terminaram o contato após uma troca inicial de mensagens.

“Achamos isso decepcionante. É decepcionante para os torcedores que vão viajar para a Copa do Mundo. Que eles não podem se sentir seguros em conseguir um hotel, não importa a sexualidade que tenham. É completamente irrelevante que tipo de orientação você tem”, disse Jakob Jensen, CEO da Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU).

Em sua defesa, a FIFA enviou um email para a NRK destacando estar “confiante de que todas as medidas necessárias estarão em vigor para os torcedores LGBTQIA+, para que eles, como todos os outros, possam se sentir bem-vindos e seguros durante o campeonato”.

A entidade ainda afirmou que “qualquer forma de discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero é estritamente proibida”.

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