O MKTEsportivo adiantou que a audiência da Ligue 1, a elite do futebol francês, aumentou 25% na temporada passada. Se Neymar tem grande “culpa” neste incremento, os clubes do país desejam um volume maior de receita em relação aos direitos globais. No âmbito doméstico, a hegemonia do PSG tem sido um “produto” trabalhado pelos dirigentes.
Para Didier Quillot, CEO da Liga Francesa de Futebol (LFP), o fato de ter um clube com uma marca tão poderosa tem sido essencial para o crescimento do futebol francês no âmbito global. Neste sentido, o profissional espera fechar até dezembro contratos de transmissão em países em que ainda não há nenhum canal transmitindo o torneio. O Brasil é um deles.
“É claro que você quer uma liga competitiva, e no momento o PSG domina, mas há apenas dois anos o Mônaco foi campeão. É o mesmo na Bundesliga com o Bayern de Munique, na Serie A com a Juventus e até mesmo na LaLiga com Barcelona ou Real Madrid. Apenas a Inglaterra que é única e onde você não pode escolher o vencedor no início da temporada. Então, não é apenas uma questão do futebol francês. Mesmo que o PSG esteja dominando agora, não há consequências negativas. O comparecimento está em alta, o público de TV foi 25% maior no ano passado e novos investidores estão chegando. As pessoas querem ver as estrelas. Sim, eu prefiro menos domínio, mas isso não afeta meus indicadores econômicos”, destacou Quillot.
Para o ciclo de 2020 a 2024, os direitos foram negociados por € 1.1 bilhão por temporada, com Mediapro ficando com os três pacotes principais, e a BeIN Sports e o grupo de telecomunicações Free, garantiram, cada um, um pacote. O incremento de 59,7% sobre o contrato que está vigente atualmente (€ 726.5 milhões por ano) acaba por aproximar a Ligue 1 de valores obtidos, por exemplo, por La Liga e Bundesliga.
“Temos que melhorar o valor dos nossos direitos internacionalmente e uma forma de fazer isso é ter mais estrelas. Na China, por exemplo, os torcedores adoram clubes como Manchester United, Arsenal, Juventus, Barcelona e Real Madrid, e adoram nomes como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e Mbappé. Grandes estrelas significam grandes lucros. Na minha opinião, Neymar e Mbappé são os dois melhores jogadores do mundo neste momento, e os dois jogam na França”, explicou o profissional.
Com este aumento de visibilidade, novas marcas chegam ao futebol do país. Recentemente, a Fiat renovou seu contrato iniciado em 2016 e desfrutará de visibilidade na Ligue 1 e na Ligue 2 (segunda divisão), além de figurar pela primeira vez nas camisas dos jogadores dos clubes participantes da Copa da Liga Francesa.
