A ausência da Mastercard foi apenas o primeiro duro golpe sofrido pela Copa América. Outras empresas envolvidas, como Ambev, Betsson, Betfair, Kwai e TCL, seguirão com suas comunicações no evento, mas diminuirão as ações que haviam planejado para promover o patrocínio.
As marcas optaram por adotar um novo posicionamento após os recentes casos envolvendo o torneio, com mudanças de sede e o polêmico desembarque no Brasil. No país, pesou o alarmante cenário de pandemia e o escândalo envolvendo Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que foi denunciado por uma funcionária por assédios moral e sexual e acabou afastado do cargo.
Para piorar, o Ministério Público já anunciou que investigará entidades esportivas, patrocinadores e empresas detentoras dos direitos de transmissão da Copa América, como o SBT e a Disney. Por fim, nesta quinta-feira (10), haverá uma reunião extraordinária do Supremo Tribunal Federal para avaliar o cancelamento ou não da realização do torneio no Brasil.
Inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de covid-19. O Brasil, então, decidiu receber a competição na semana passada. A Copa América começa domingo, com o jogo Brasil x Venezuela, às 18h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O torneio terá jogos também em Cuiabá, Goiânia e no Rio de Janeiro.