Fruto da Operação Penalidade Máxima, com vazamentos feitos pela Veja que trazem reproduções de conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um dos integrantes do esquema que manipulava resultados de apostas esportivas, o Peixe decidiu afastar o atleta.
Além do jogador e o seu representante jurídico, a reunião contou com a presença do presidente Andres Rueda e membros do Comitê de Gestão (CG).
Trata-se de mais uma punição a atletas que participaram dos esquemas de manipulação de apostas esportivas em partidas dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B em 2022.
A partir de imagens divulgadas pela revista Veja, um dos integrantes do esquema abordou Eduardo Bauermann pelo WhatsApp, em novembro do ano passado, para que o jogador levasse um cartão amarelo durante o jogo contra o Avaí. O atleta ainda recebeu R$ 50 mil de maneira antecipada.
Contrariando o acordo, Bauermann não foi punido com o cartão, o que revoltou a quadrilha e gerou ameaças ao atleta. Para “compensar” o prejuízo, o zagueiro do Santos aceitou uma segunda oferta, que envolvia a sua expulsão de campo no jogo contra o Botafogo. O cartão vermelho veio apenas depois do apito final, o que não gerou lucros aos criminosos e os revoltou ainda mais.
O defensor comenta que estava no aguardo de uma proposta para deixar o Santos e cogitou ceder parte de seus direitos econômicos aos apostadores. O zagueiro afirmou ainda que não está em situação financeira confortável para pagar a dívida de imediato, pois estava “se reerguendo” após o período de nascimento de sua filha, que passou seis dias internada na UTI.
Eduardo Bauermann pode ser penalizado com multa, suspensão e até exclusão do futebol pela justiça desportiva. Na esfera criminal, o zagueiro pode responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo.