Coluna

Uma foto que vale mais que mil palavras

Você faz ideia de quanto trabalho prévio por parte de um fotografo é necessário para conseguir imortalizar grandes momentos?

Uma foto que vale mais que mil palavras
Foto: Zico and Pelé (Crédito: Sebastião Marinho, 1989)

13 de junho de 2023

4 minutos de Leitura

Adalberto Generoso
Adalberto Generoso
CoFundador e CEO da Yapoli, empreendedor serial com mais de 10 anos de experiência em tecnologia, marketing e digital e vencedor de 3 Cannes Lions.

O Zico comentou em uma reportagem ao jornal O Globo, em 2020, que “…ninguém queria sair do time só para poder jogar com o Rei”. Esse Rei obviamente era o Pelé.

Tente colocar-se na posição do fotógrafo Sebastião Marinho quando tirou essa foto, rodeado por alguns dos maiores nomes de nosso futebol e milhares de torcedores ensandecidos pelo espetáculo. É uma experiência incrível, não?

Mas outra estrela que não pode ser esquecida é o próprio Sebastião. Foi ele que, mesmo após 34 anos, consegue transmitir ainda hoje, por meio dessa imagem que eternizou um momento histórico – inclusive para os não nascidos à época -, os sentimentos e as paixões do momento. Não é à toa que muitos dizem que uma imagem vale mais que mil palavras.

Outro exemplo é o do fotógrafo que, ao clicar o incrível Michael Jordan em uma clássica enterrada no basquete, propiciou ao designer Peter Moore, criador do tênis Air Jordan 1, a inspiração para a criação do icônico logo Jumpman para a Nike.

Percebemos então quão importante é o trabalho de um fotógrafo esportivo, mas você faz ideia de quanto trabalho prévio por parte deste é necessário para conseguir imortalizar esses momentos por décadas ou, se for possível tecnicamente, centenas de anos a fim de serem apreciados pelas próximas gerações? 

Um fotógrafo esportivo pode trabalhar só ou em equipe. É um trabalho incrível, mas ninguém pode negar que sua realização é bem estressante.

Sua atividade engloba registrar diversos eventos sociais do clube em que atua, sejam eles partidas de futebol, treinos, eventos de atletismo ou outros esportes. Nessas ocasiões, centenas ou mesmo milhares de registros fotográficos são realizados.

Já na outra ponta, há dezenas ou mais de interessados nas fotos. Sejam jogadores, patrocinadores, redes jornalísticas, revistas, blogs especializados e, hoje em dia, principalmente, as redes sociais, tão importantes na vida de qualquer clube em seu relacionamento com os torcedores. Além disso, na profusão de fotos obtidas, escolher as melhores para determinada utilização é indispensável. 

Na maior parte das vezes, todo esse trabalho é feito manualmente e de forma simultânea à ocorrência do evento. Já imaginou a loucura?

Em dia de jogo, por exemplo, o fotógrafo chega várias horas antes ao local para preparar-se adequadamente para o grande momento. Muitas vezes o jogo ocorre em estádios nos quais desconhece a infraestrutura. E, além do mais, há várias situações que podem prejudicar seu trabalho: o tempo pode não estar bom, a iluminação inadequada à noite, entre inúmeras outras ocorrências durante a ocasião.

Estar preparado para tirar aquela foto histórica de uma jogada excepcional ou o cruzar de uma linha de chegada exige muito do fotógrafo esportivo, pois não há replay do lance para ele recuperar o que perdeu. E convenhamos, “imprimir” uma marca pessoal em seu trabalho é muito importante, basta ver o trabalho de Sebastião Marinho (foto destaque do artigo).

Ainda bem que hoje em dia o fotógrafo esportivo pode contar com a internet para ajudá-lo. Mas só isso não basta. Também não é suficiente recorrer às tradicionais ferramentas de armazenamento de arquivos para depois enviar manualmente por e-mail ou WhatsApp para os múltiplos interessados nas fotos, correndo o risco de mandar o arquivo para a pessoa errada ou mesmo a perda do timing da entrega.

O ideal para aliviar esse sufoco todo e tornar a atividade de difusão aos inúmeros interessados nas imagens mais eficiente é, sem dúvida, o uso de um sistema de Gestão de Ativos Digitais (DAM – Digital Asset Management).  

Com um DAM, é possível manipular enormes quantidades de ativos digitais (fotos, documentos, áudio, entre outros) com segurança, escalabilidade e rastreabilidade, também utilizando a IA, por exemplo, por meio do reconhecimento facial, além de encaminhar as fotos de um jogador específico diretamente para que ele possa utilizá-la em sua rede social.

As principais funções do DAM englobam:

  • Centralizar os ativos digitais: neste caso fotos, em uma mesma base, para manter a integridade delas, seu histórico e sua estabilidade;
  • Padronizar características: nomenclaturas, agrupamentos, dimensões, categorias e atributos para facilitar o controle e acesso às fotos;
  • Distribuir: para os diversos perfis de profissionais e empresas que necessitam usar as fotos em suas mais variadas funções de forma personalizada.

Utilizando a ferramenta DAM, o profissional não só atende a enorme demanda de forma mais eficiente e em menor tempo, como também estará mais focado no que realmente interessa: tirar aquela foto histórica e eternizar, por exemplo, o momento de um maravilhoso gol de bicicleta que tanto adoramos.

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