Um dos assuntos da semana foi a estreia de Fernando Diniz como técnico (interino, como a CBF sempre relembra) da Seleção Brasileira.
O Brasil venceu e convenceu diante da Bolívia, com um Neymar inspirado e uma torcida gigante!
E eu trago aqui um paralelo da estratégia da CBF com o treinador e o mercado de trabalho.
Se o Diniz fosse anunciado como novo técnico da Seleção Brasileira, e não interino, como seria a reação do público? E como seria o ambiente de trabalho que Diniz encontraria na Seleção, e a pressão desse ambiente, caso isso acontecesse?
Seria diferente do que está sendo, concorda? A CBF também sabia disso.
Anunciando ele como técnico interino, ele consegue trabalhar com pressão mínima, afinal, as Eliminatórias para uma Seleção com o calibre do Brasil, é brincadeira de criança. O que pode atrapalhar justamente é o ambiente. E a CBF afastou essa possibilidade.
Com essa estratégia, a CBF também fez com que eu (e você que está lendo) concorde com a escolha dela. E mais do que isso: brigue por essa escolha.
Hoje a grande parte da torcida e da imprensa diz que não precisamos mais do Ancelotti. Ou seja, a CBF fez o que é muito importante em uma negociação: fez com que o outro lado (no caso o público) pedisse para que o que a Federação quer, seja feito. E com isso, a CBF tem hoje o apoio popular em uma decisão bastante impopular se fosse feita ou imposta no início.
E também deixa o ambiente de trabalho extremamente favorável, afinal o Diniz está “fazendo um favor” para a Seleção. E ninguém cobra ninguém com muita força, se esse alguém está fazendo um favor.
Nós já vimos um filme parecido nos nossos vizinhos hermanos com a Scaloneta. Será que estamos próximos de um Dinexa?
Se levarmos essas dicas para o nosso dia a dia podemos ter êxitos em negociações e também saber como melhorar o ambiente de trabalho. E um bom ambiente de trabalho é o primeiro passo para importantes conquistas!