A Arábia Saudita anunciou o lançamento da Copa do Mundo de esportes eletrônicos. Com diversas modalidades e premiações chamativas, o torneio promete ser um dos maiores da história dos eSports.
O príncipe Mohammed bin Salman, líder do país, fez o anúncio nesta segunda-feira (23), durante a conferência The New Global Sport Conference.
A competição será realizada em Riad, capital do país, a partir do verão de 2024. O torneio será organizado pela eSports World Cup Foundation, uma nova entidade sem fins lucrativos criada com o objetivo de desenvolver os eSports.
“A Copa do Mundo de eSports é o próximo passo natural na jornada da Arábia Saudita para se tornar o principal centro global de jogos e esportes eletrônicos, oferecendo uma experiência de esportes eletrônicos incomparável que ultrapassa os limites da indústria”, declarou o príncipe em comunicado à imprensa.
A conferência contou com as presenças do presidente da FIFA, Gianni Infantino, e de Cristiano Ronaldo, embaixador esportivo do país e atleta do Al-Nassr.
Os investimentos envolvendo os eSports
No início de 2022, a Savvy Gaming Group, empresa de eSports bancada pelo fundo saudita, anunciou a aquisição da ESL e da FACEIT, duas das maiores e mais importantes organizadoras de esportes eletrônicos do mundo, unindo-as em uma só.
Além disso, a promoção do Gamers8 com premiação de US$ 45 milhões, faz parte do plano da Arábia Saudita de diversificar a economia, incentivar o setor de turismo e melhorar a imagem do país perante a comunidade internacional.
Coleção de escândalos e polêmicas
Importante lembrar que o governo saudita é alvo de críticas por uma série de prisões, julgamentos, torturas e execuções de opositores, ativistas e jornalistas, inclusive em espaços públicos, e por proibições que limitam os direitos das mulheres no país (e o país ainda quer sediar a Copa do Mundo Feminina).
Além disso, a homossexualidade é considerada crime por lá, com pena de morte para quem pratica atos sexuais com uma pessoa do mesmo sexo.
O príncipe Bin Salman é acusado pela inteligência dos Estados Unidos de ter mandado matar o jornalista Jamal Khashoggi, crítico ao regime, dentro da embaixada saudita em Istambul, na Turquia, em 2018.