Indústria

‘As marcas podem se envolver com os eSports de diversas maneiras’

Para Bernardo Assad, responsável pela Liga NFA, maior competição focada em emuladores de Free Fire da América Latina, setor é um dos mais atrativos do mercado

‘As marcas podem se envolver com os eSports de diversas maneiras’

16 de março de 2023

5 minutos de Leitura

O mercado de eSports vem se provando cada vez mais atrativo a potenciais investidores. E quais especificidades acabam por atrair o interessa das marcas ao cenário?

Para Bernardo Assad, responsável pela Liga NFA, a maior competição focada em emuladores de Free Fire da América Latina, o setor é um dos mais atrativos do mercado, já que possui diversos meios de ativações para potenciais patrocinadores, desde campanhas digitais a estratégias voltadas ao público presencial.

“As marcas podem se envolver com os eSports de diversas maneiras, desde patrocínios a eventos e equipes, até a criação de conteúdo exclusivo para o público. Além disso, as plataformas de streaming de jogos, como Twitch e YouTube, têm oferecido novas formas para as marcas se envolverem com a audiência da modalidade”, explicou em entrevista exclusiva ao MKTEsportivo.

O diretor da NFA também destacou a força dos games ao redor do mundo, principalmente os voltados aos eSports, que costumam ser gratuitos e exigir equipamentos mais democráticos, como celulares ou computadores de entrada, como é o caso do Free Fire.

“Os eventos de Free Fire oferecem uma grande oportunidade para marcas alcançarem uma audiência ampla e altamente engajada. Com sua base de jogadores e fãs em todo o mundo, um campeonato de Free Fire pode gerar uma grande exposição de marcas. Além disso, por ser um jogo gratuito e popular em muitos mercados emergentes, como a América Latina, Sudeste Asiático e Índia, as marcas têm a oportunidade de se envolver com mercados em crescimento e construir relacionamentos duradouros com jogadores”, destacou.

Outro ponto levantado foi a da faixa etária dos fãs que costumam acompanhar eSports, em especial o Free Fire. Segundo Assad, é composta por jovens de até 24 anos, algo que pode tornar a experiência comercial mais interessante a longo prazo.

Isso significa que as marcas têm uma grande oportunidade para se conectar com uma audiência jovem, engajada e cada vez mais conectada. […] Com base nisso, é importante que os campeonatos de Free Fire busquem alcançar esse público por meio de canais e plataformas que eles utilizam regularmente, como as mídias sociais e plataformas de streaming.

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A presença de influenciadores é algo característico do universo de Free Fire, com alguns deles até investindo em suas próprias equipes do game, como o caso do Bruno “Playhard”, fundador da LOUD, que conta com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, ou de Bruno “Nobru”, que tem mais de 14 milhões e é um dos sócios do Fluxo, outra organização de eSports. Isso é algo que pode ser um atrativo para possíveis patrocinadores.

“A NFA também oferece uma série de ativações de marca e oportunidades de marketing que ajudam as marcas a se destacar e se conectar com a comunidade de jogadores. Desde ativações presenciais em eventos até a criação de conteúdo exclusivo com jogadores e influenciadores, as possibilidades são muitas e sempre personalizadas de acordo com as necessidades de cada patrocinador”, disse.

A Liga NFA

A Liga NFA acontece duas vezes ao ano e reúne as melhores equipes do cenário de Free Fire de emulador — nome dado aos jogadores que utilizam o computador para o jogo, inicialmente desenvolvido para dispositivos mobile.

Por não ser um campeonato oficial, não conta com o apoio da Garena, desenvolvedora do game. No entanto, a comunidade do mesmo acompanha a competição e apoia os jogadores e equipes envolvidas, com algumas estrelas chegando a mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais.

Para Bernardo, o momento que o esporte eletrônico está passando no Brasil é o início de uma longa caminhada, sendo uma etapa importante para marcas que buscam ser reconhecidas como líderes do segmento de eSports.

“O investimento em eSports e na NFA em particular, oferece a oportunidade de se associar a uma indústria em rápido crescimento, que atrai cada vez mais atenção de investidores e consumidores em todo o mundo. As marcas que investem agora estão na vanguarda do mercado, estabelecendo sua presença e posicionando-se como líderes no segmento na modalidade”, argumentou.

Sobre possíveis investimentos em outros jogos, o responsável pela Liga NFA não descartou a possibilidade, no entanto, deixou claro que caso aconteça, será feito com uma abordagem diferente, conversando com o público-alvo do segmento escolhido.

“O Grupo BMS, detentor da NFA, tem planos de expandir seus negócios nos próximos anos, mas acreditamos que cada jogo deve ter sua própria identidade e estruturação. Dessa forma, caso decidamos expandir para outros jogos, criaremos novas marcas e identidades exclusivas para cada modalidade. Essa abordagem nos permite oferecer experiências mais personalizadas e relevantes para cada comunidade de jogadores, além de facilitar a gestão e operação dos eventos”, finalizou.

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