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Especial: 5 mulheres que revolucionaram o esporte no Brasil

Nomes que nos orgulham e transformaram o esporte feminino por meio da garra, determinação e luta

Especial: 5 mulheres que revolucionaram o esporte no Brasil

08 de março de 2023

6 minutos de Leitura

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que acontece nesta terça-feira (8), o MKTEsportivo fez uma lista de cinco personalidades brasileiras que revolucionaram o esporte no Brasil, cujo impacto foi sentido globalmente.

A data está ligada à reflexão sobre a condição feminina e à luta por espaços e oportunidades na sociedade. Os avanços ocorridos nas últimas décadas são inegáveis, no entanto, há ainda muito a ser conquistado.

Vale lembrar que o Ministério dos Esportes está sob o comando de uma mulher, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, uma vencedora dentro de quadra. Na nossa indústria, a presença feminina já se torna marcante em algumas entidades e empresas da área.

A nossa lista não está em ordem de importância, já que todas contribuíram para o desenvolvimento do esporte feminino de maneira especial.

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A participação destas mulheres revolucionou o esporte de maneira única. Desde Marta, considerada uma das maiores atletas de todos os tempos, até a Aida dos Santos, que lutou contra o machismo e o racismo dos anos 60.

A lista também conta com Daine dos Santos, uma das responsáveis por disseminar a cultura olímpica no Brasil, principalmente na categoria da ginástica artística, além de Hortência e Maria Esther Bueno, campeãs do mundo em Basquete e Tênis, respectivamente.

Maria Esther Bueno

Maria Esther Bueno foi uma das maiores tenistas da história do Brasil e uma das mais bem-sucedidas do mundo. Ela nasceu em São Paulo em 1939 e começou a jogar tênis ainda na infância. Em 1958, aos 19 anos, ela venceu seu primeiro torneio de Grand Slam, o US Open, na categoria de duplas femininas, ao lado da americana Althea Gibson.

No mesmo ano, ela também venceu o torneio de Wimbledon em simples, o que a tornou a primeira tenista sul-americana a conquistar um título de Grand Slam.

Ela continuou a dominar o tênis feminino internacional ao longo da década de 1960, vencendo mais três vezes o torneio de Wimbledon em simples (1960, 1964 e 1966) e mais quatro títulos de Grand Slam em duplas femininas e mistas. Ela também conquistou diversos títulos em outros torneios internacionais, incluindo a Copa Federer (atual Copa Davis) pelo Brasil em 1966.

Maria Esther Bueno é considerada um ícone do esporte no Brasil e uma das maiores tenistas da história. Ela faleceu em 2018, aos 78 anos, vítima de um câncer.

Daiane dos Santos

Daiane dos Santos é uma ex-ginasta brasileira, nascida em 10 de fevereiro de 1983 em Campinas, São Paulo. Ela é considerada uma das maiores ginastas do Brasil de todos os tempos e uma das principais atletas do país em competições internacionais.

Daiane começou a praticar ginástica aos três anos de idade e, aos 11 anos, ingressou na equipe brasileira de ginástica artística. Em 2003, ela se tornou a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um campeonato mundial, no solo.

Ao longo de sua carreira, Daiane conquistou diversas outras medalhas em competições internacionais, incluindo o ouro no solo nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e de 2007, e participou dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 e de Pequim em 2008.

Após sua aposentadoria da ginástica em 2012, continuou a trabalhar como treinadora e comentarista esportiva, e se tornou um ícone do esporte no Brasil, inspirando muitas jovens a seguir seus passos.

Aída dos Santos

Aída dos Santos se destacou em várias competições, mas sua maior conquista foi a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1963, realizados em São Paulo. Na ocasião, ela quebrou o recorde sul-americano no salto em altura, com a marca de 1,71m. Foi a primeira vez que uma atleta brasileira ganhou uma medalha no atletismo em uma competição internacional.

Além disso, Aída dos Santos também participou de duas edições dos Jogos Olímpicos: em Tóquio 1964 e na Cidade do México 1968. Ela foi a primeira mulher negra a representar o Brasil em uma Olimpíada.

Aída dos Santos enfrentou muitas dificuldades em sua carreira de atleta, incluindo o preconceito racial e a falta de recursos financeiros. Apesar disso, ela nunca desistiu de seus sonhos e inspirou muitas pessoas com sua determinação e coragem. Atualmente, é considerada uma das maiores atletas da história do atletismo brasileiro e uma referência para as novas gerações de esportistas.

Hortência

Hortência começou a jogar basquete aos 14 anos de idade, em um clube de sua cidade. Ela se destacou rapidamente pelo seu talento e habilidade, sendo convocada para a seleção brasileira em 1977, aos 17 anos.

Ao longo de sua carreira, Hortência conquistou diversos títulos e prêmios, sendo a maior parte deles pela seleção brasileira. Ela participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos (Los Angeles 1984, Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996), conquistando a medalha de prata em Los Angeles e a medalha de bronze em Atlanta.

Além disso, Hortência conquistou o título do Campeonato Mundial de Basquete em 1994, disputado na Austrália, onde ela foi eleita a jogadora mais valiosa do torneio. Ela também foi campeã do Pan-Americano em três ocasiões (Caracas 1983, Indianápolis 1987 e Havana 1991).

Marta

Marta começou a jogar futebol aos sete anos de idade, em uma escolinha de futebol de sua cidade. Ela se destacou rapidamente por seu talento e habilidade, sendo convocada para a seleção brasileira aos 17 anos.

Ao longo de sua carreira, Marta conquistou diversos títulos e prêmios, tanto em clubes quanto na seleção brasileira. Ela é a maior artilheira da história da seleção, com mais de 100 gols marcados, e participou de cinco edições da Copa do Mundo (2003, 2007, 2011, 2015 e 2019) e de quatro Jogos Olímpicos (Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016).

Marta é a única jogadora de futebol a ter sido eleita a melhor do mundo pela FIFA por seis vezes, em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018. Ela também conquistou diversos títulos e prêmios em clubes, tendo jogado em equipes da Suécia, dos Estados Unidos e do Brasil.

Além de suas conquistas esportivas, Marta é uma defensora dos direitos das mulheres no esporte e uma referência para muitas atletas em todo o mundo. Ela é conhecida por seu compromisso com a igualdade de gênero no esporte e por sua luta contra o racismo e a discriminação.

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