Indústria

Ainda sem assinar acordo com Serengeti, presidente do Internacional defende modelo da LFF

Para Alessandro Barcellos, criação de liga unificada deveria preceder debate sobre divisão de receitas

Ainda sem assinar acordo com Serengeti, presidente do Internacional defende modelo da LFF

26 de junho de 2023

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De todos os clubes que compõem a Liga Forte Futebol (LFF), o Internacional é o único que ainda não aprovou sua adesão ao acordo de R$ 2,3 bilhões com a brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management, para a venda de parte dos direitos de transmissão dos times que integram o grupo.

Mesmo sem a assinatura, de acordo com o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, a relação do clube com o Forte Futebol firme.

O dirigente elogiou o modelo de divisão de receitas proposto pela LFF e disse que considera o sistema mais justo.

“Eu sou entusiasta de uma liga única. Não abro mão disso e tenho defendido isso em todos os lugares porque acredito que esse é o caminho para o futebol brasileiro”, disse o dirigente.

Barcellos ainda destacou que acredita que a criação de uma liga unificada deveria preceder os debates sobre a distribuição das receitas. Mesmo inclinado ao modelo proposto pela LFF, ele acenou para clubes que são favorecidos pelo sistema atual e que poderiam ser afetados com a adoção de uma divisão mais igualitária.

O ideal, para ele, seria “criar algum mecanismo que faça com que Flamengo e Corinthians, que são os clubes de maior torcida, tenham uma diferenciação, mas que isso, dentro da receita do Campeonato Brasileiro, a gente possa produzir um bolo maior e dividir melhor esse bolo”.

“As divisões de receitas do Campeonato Brasileiro passaram por uma distorção muito grande, frutos de contratos que foram feitos num momento muito diferente do momento atual. Não existia Lei do Mandante, não existia um conjunto de transmissões diferenciadas como o streaming. Isso mudou o mundo das transmissões de futebol e traz uma diferença daquele período para agora que a gente precisa corrigir”, acrescendo, criticando o atual modelo.

Barcellos também defendeu a flexibilização das posturas dos clubes que integram os grupos rivais, buscando assim um diálogo para a criação da liga unificada.

“Falta um entendimento dos clubes como um todo, os 40 clubes, de uma forma de divisão desses recursos ao longo dos próximos 50 anos. Hoje, existe uma tese que concentra recurso e outra tese que desconcentra recurso. Isso inviabiliza um acordo. Você tem que ver o que é melhor e o que é pior para o futebol brasileiro em sua maioria. Tem que haver flexibilização de ambos os lados para que a gente consiga chegar num meio-termo. Se a gente enfrentar isso, tenho certeza de que o futebol brasileiro tem grande potencial de ser uma das maiores ligas do mundo”, comentou.

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