Copa Feminina

Mesmo flexibilizando posicionamento, Fifa segue proibindo a braçadeira “One Love” na Copa do Mundo Feminina 2023

Entidade decidiu flexibilizar regras e permitir a utilização de faixas pelas atletas, em apoio a outras causas

Mesmo flexibilizando posicionamento, Fifa segue proibindo a braçadeira “One Love” na Copa do Mundo Feminina 2023

03 de julho de 2023

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A FIFA já está atenta e fará de tudo para evitar qualquer polêmica envolvendo a braçadeira “One Love”, vista na Copa do Mundo de 2022, na Copa do Mundo Feminina. No ano passado, diversas seleções europeias anunciaram que utilizariam o item, como forma de demonstrar apoio à causa LGBTQIA+ e criticar a legislação homofóbica do país-sede daquele mundial, o Catar.

Pelo seu lado, a entidade invocou a regra que proíbe toda e qualquer manifestação política em suas competições oficiais. Na Copa do Mundo Feminina 2023, jogadoras que contrariarem a regra poderão receber punições, como cartão amarelo.

A seleção inglesa feminina pretendia usar a braçadeira durante o Mundial, que será disputado na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto. Mesmo proibida, a Fifa resolveu flexibilizar sua regra e permitir que atletas manifestem apoio a determinadas causas sociais.

Capitãs de seleções poderão utilizar braçadeiras em apoio às causas que serão trabalhadas a cada rodada da Copa do Mundo Feminina 2023. Haverá ainda a possibilidade de apoiar uma questão específica ao longo de toda a competição.

Entre as braçadeiras permitidas está a “unidas pela inclusão”, que não levará as cores do arco-íris, do movimento LGBTQIA+, mas sim tons que simbolizam raça e herança (vermelho/preto/verde) e todas as identidades de gênero e orientações sexuais (rosa/amarelo/azul).

Outras causas que poderão ser apoiadas pelos times durante a Copa do Mundo Feminina 2023 são: “unir pelos povos indígenas”, “unir pela igualdade de gênero”, “unir pela paz”, “unir pela educação para todos”, “unir pela fome zero”, “unir pelo fim da violência contra a mulher” e “futebol é alegria, paz, amor, esperança e paixão”.

“O futebol une o mundo e nossos eventos globais, como a Copa do Mundo Feminina da Fifa, têm um poder único de unir as pessoas e proporcionar alegria, emoção e paixão. Mas o futebol faz ainda mais do que isso, pode destacar causas muito importantes na nossa sociedade. Depois de algumas conversas muito abertas com as partes interessadas, incluindo associações membros e jogadoras, decidimos destacar uma série de causas sociais – da inclusão à igualdade de gênero, da paz ao fim da fome, da educação ao combate à violência doméstica – durante todos os 64 jogos da Copa do Mundo Feminina da Fifa”, disse o presidente da entidade, Gianni Infantino.

A Federação Inglesa de Futebol (FA) anunciou que deixará para as jogadoras decidirem quais causas apoiarão durante o Mundial.

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