A Conmebol anunciou uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol para ações de combate ao racismo no futebol sul-americano. O Observatório é uma ONG criada justamente para denunciar casos de preconceito racial no esporte, cobrando de governo e entidades esportivas uma ação punitiva.
Segundo a Conmebol, a parceria contempla a assessoria técnica do Observatório para a promoção de uma política de diversidade, um plano de alfabetização racial e de diversidade para o corpo técnico e de gestão da entidade e acompanhamento de conscientização e educação contra o racismo realizadas pela confederação.
“Temos trabalhado para consolidar espaços livres de qualquer tipo de violência, minimizar qualquer expressão de racismo e discriminação no futebol sul-americano e defender os valores positivos que são a base deste esporte”, disse Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.
“Sem dúvida, esta aliança nos dará mais e melhores ferramentas para continuar avançando nesses objetivos e continuar levantando nossa voz, conscientizando e direcionando nossas iniciativas para enfrentar esse desafio”, acrescentou.
Sempre muito omissa em suas iniciativas de combate, a Conmebol procurou o Observatório para que suas “ações” tenham maior impacto e mobilizem os torcedores de futebol.
Com a participação fundamental do Observatório, entidade criada em 2014, a expectativa é que finalmente a entidade possa coibir de maneira eficaz os casos de racismo nos estádios sul-americanos.
“É com grande satisfação que iniciamos essa aliança com a Conmebol e unimos esforços para gerar maior inclusão social e eliminar a violência e a discriminação racial no esporte. Estamos otimistas com os resultados que serão obtidos, com ações importantes e contínuas”, comentou Marcelo Carvalho, fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
A ONG brasileira tem desenvolvido ações de colaboração com patrocinadores e outras entidades do esporte, como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).