A Copa do Brasil, nos últimos anos, se tornou um torneio multimilionário. Em 2023, graças ao aumento de 19% da premiação total paga pela CBF, serão R$ 420 milhões distribuídos entre os 92 clubes participantes, desde a primeira fase até a decisão entre São Paulo e Flamengo.
Quem sagrar-se campeão no Morumbi, no domingo (24), embolsará R$ 70 milhões. Levando em consideração os valores das fases anteriores, o valor total da premiação sobe para R$ 88,7 milhões. Um cenário que, há dez anos, parecia improvável.
Em 2014, o Atlético-MG levantou sua primeira taça da Copa do Brasil na história e ganhou, por isso, R$ 6,2 milhões – sendo R$ 3 milhões apenas na final.
Ou seja, em dez temporadas, o prêmio pago pela vitória na final saltou de R$ 3 milhões para R$ 70 milhões – um aumento superior a 2000%.
Por que a premiação aumentou tanto?
O primeiro passo para a valorização da Copa do Brasil foi a inclusão dos participantes da Libertadores a partir da edição de 2013. A virada de chave principal, no entanto, foi o acordo assinado entre CBF e Grupo Globo, que comprou os direitos exclusivos de transmissão para o período de 2018-2022 por valores muito acima do contrato anterior
Com mais dinheiro em caixa, a entidade aumentou a premiação dos clubes e valorizou o torneio. De R$ 6 milhões em 2017, apenas a vitória na final da Copa do Brasil passou a valer R$ 50 milhões no ano seguinte.
Em agosto de 2022, Globo e CBF anunciaram a renovação do acordo para o período 2023-2026. A emissora venceu a concorrência e garantiu os direitos de TV aberta, paga (SporTV) e streaming. Essa última fatia é sublicenciada em parte para a Amazon.