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Por um total de R$ 2,6 bilhões, Forte Futebol e Grupo União vendem 20% de seus direitos

O acordo foi fechado com um grupo de investidores formado pela Life Capital Partners (LCP) e o fundo americano General Atlantic

Por um total de R$ 2,6 bilhões, Forte Futebol e Grupo União vendem 20% de seus direitos
Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

01 de novembro de 2023

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Os 25 clubes da Liga Forte União concluíram, nesta terça-feira (31/10), o acordo definitivo com o grupo de investidores formado pela Life Capital Partners (LCP) e o fundo americano General Atlantic, pelo qual receberão nos próximos dias aporte superior a R$ 1,2 bilhão. Os clubes receberão um total de R$ 2.6 bilhões ao longo dos próximos 18 meses.

Como contrapartida, Liga Forte União e os investidores vão gerir as receitas comerciais geradas por este bloco de clubes no Campeonato Brasileiro pelos próximos 50 anos, a partir de 2025. Desta maneira, eles tornam-se assim sócios no projeto de construção de uma Liga no futebol brasileiro.

Aproximadamente R$ 900 milhões serão distribuídos de imediato para os clubes da Série A que fazem parte desses dois blocos. São eles: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América-MG e Cuiabá.

Já os clubes da Série B que fazem parte da Liga Forte e fechara o acordo são: Sport, Ceará, Avaí, Chapecoense, Juventude, Atlético-GO, Criciúma, Cuiabá, CRB, Vila Nova, Londrina, Tombense, Figueirense, CSA e Operário.

“Esse investimento, associado à negociação coletiva dos direitos, será fundamental para reorganização financeira dos clubes e para a possibilidade de investimentos em infraestrutura que fortalecerão o futebol brasileiro. Com o ‘closing’ do negócio, acredito que possa haver uma nova rodada de diálogo para tentar juntar todos os clubes das séries A e B em um só grupo para formarmos a tão sonhada liga de clubes”, disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt

“O movimento é significativo porque podemos debater os melhores mecanismos de governança, compliance, o fair play financeiro, qualidade dos gramados, logística. O futebol brasileiro inicia um movimento fundamental de crescimento financeiro institucional, que passará também pela gestão e a criação de uma liga”, acrescentou Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro SAF

“Todas as condições para o crescimento do futebol brasileiro estão presentes. Temos grandes marcas, ótimos estádios, o talento dos jogadores brasileiros e, principalmente, dezenas de milhões de torcedores apaixonados. O próximo passo agora é buscar a união de todos os clubes para que o futebol brasileiro possa ter uma Liga Unificada e possa ocupar o espaço do seu potencial no cenário global”, finalizou Carlos Gamboa, Fundador e Board Member da LCP – Life Capital Partners.

Em nota oficial, a LFF passou a se auto intitular como Liga Forte União (LFU), para mostrar que o bloco de clubes se integrou ao Grupo União, formado por Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Vasco da Gama, todos clubes geridos como Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Esses clubes sempre tentaram mostrar independência em relação aos times da LFF, embora tivessem acertado com os mesmos investidores. Agora, estão incluídos na antiga LFF.

Serengeti não faz parte do acerto

Nesse acerto, houve a saída de outra empresa norte-americana, a Serengeti Asset Management. A investidora de capital de risco, que estava no acordo desde o início, enviou, dias antes do fechamento do negócio, uma carta endereçada a alguns clubes e à direção da LFF.

“Nas últimas duas semanas, porém, soubemos que (1) alguns clubes elevaram seus direitos de transmissão da Série B a partir da temporada de 2027, concedendo direito de renovação preferencial a terceiros e que (2) a CBF declarou que é a proprietária legal dos ativos imóveis comerciais das competições que organiza, incluindo o Campeonato Brasileiro, conforme definido nos contratos”, destacou a Serengeti.

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