O mercado de apostas esportivas segue em constante transformação e anunciado novidades quase que diariamente. A mais recente delas envolve a Sportingbet a chegada de um novo CEO.
Antonio Forjaz traz consigo uma vasta experiência em liderança e estratégia, tendo ocupado anteriormente o cargo de Country Manager do Amazon Prime Video Brasil.
Para ele, que acaba de chegar em um território até então desconhecido dentro de sua experiência, trata-se de um setor com “potencial absurdo”.
“A minha visão sobre o mercado de apostas no Brasil é que ele tem um potencial absurdo. Até hoje não estava regulamentado e a regulamentação vai, com certeza, contribuir para esse crescimento. Para além do crescimento, vai contribuir para a legitimação e potencial massificação da indústria”, disse Antonio Forjaz, em entrevista exclusiva ao MKTEsportivo.
A chegada do executivo, inclusive, ocorre em um momento estratégico para a empresa. Com tantos players na indústria e diante de tanta concorrência, a Sportingbet aproveita o atual estágio para estreitar cada vez mais os laços com o público brasileiro.
“Estamos hoje numa nova fase da Sportingbet e numa fase muito mais próxima do consumidor brasileiro. Queremos, com o tempo, perceber exatamente o que motiva e o que faz com que ele escolha e crie algum tipo de proximidade com a nossa marca”, acrescentou.
Se os bônus acabam sendo o principal benefício oferecidos pelas empresas de apostas para atrair apostadores e simpatizantes, Antonio afirma que este tipo de estratégia não é vital para o negócio da marca.
“Acho que pode ser que em algum aspecto seja mais difícil adquirir novos clientes, mas por outro, nós temos milhares de clientes que já estão conosco há bastante tempo e que hoje têm uma atividade muito saudável que em nada depende de bônus ou de benefícios financeiros. Portanto, ele é apenas mais um veículo promocional para que a gente consiga adquirir clientes e não é necessariamente algo que é vital para a atividade do nosso negócio”, salientou.
Confira a entrevista completa com Antonio Forjaz, novo CEO da Sportingbet
Com ampla experiência em outros setores, como você analisa sua chegada na Sportingbet e expectativas dentro de um segmento até então desconhecido?
A primeira coisa é que acredito que este segmento não é tão penetrado na vida dos brasileiros, ainda que já seja bastante popular. Aliás, as apostas são uma das atividades mais antigas existentes e, por isso, esta nova forma de apostar e jogar online é apenas uma nova forma das pessoas se entreterem e não necessariamente algo totalmente novo. Eu acredito que as expectativas são de conseguir contribuir para um mercado que está se tornando cada vez mais maduro e cada vez mais responsável para o consumidor.
Quero ter a certeza de que consigo contar a história aos brasileiros, de que eles podem se divertir e sentir-se seguros quando fizerem uma aposta esportiva ou jogarem num jogo de sorte. Esse é o grande objetivo e, obviamente, isso se desdobra em várias componentes internas, desde a organização da nossa estrutura de marketing, do nosso time de vendas, do nosso time comercial, que vão visar estabelecer objetivos para atingir essa visão.
Qual a sua visão sobre o mercado de apostas no Brasil? A regulamentação tende a contribuir para o crescimento?
A minha visão sobre o mercado de apostas no Brasil é que ele tem um potencial absurdo. Até hoje não estava regulamentado e a regulamentação vai, com certeza, contribuir para esse crescimento. Para além do crescimento, vai contribuir para a legitimação e potencial massificação da indústria. Eu olho com muito bons olhos porque, acima de tudo, a regulamentação vai trazer proteção ao consumidor e isso também vai gerar confiança nos brasileiros para que eles possam encontrar uma nova forma de se entreterem.
Em um mercado de grande concorrência, como fazer com que apostas acessíveis e seguras, objetivos atuais da Sportingbet, sejam um diferencial para captar apostadores?
Competição, para começar, é algo que eu aprecio e que gosto, porque quanto maior for a competição, melhor é a oferta para o consumidor e, no fim, se o consumidor ganhar, eu acho que o mercado ganha e, com certeza, a Sportingbet também. Isso nos obriga a estarmos atentos, a sermos ágeis, a sermos flexíveis e a sermos rápidos, que é um tipo de trabalho e ambiente de trabalho que eu gosto e que me divirto. Mas eu acho que o segredo está, literalmente, na nossa capacidade de entender o que é importante para o consumidor e trabalhar a partir dessas necessidades. Estamos hoje numa nova fase da Sportingbet e numa fase muito mais próxima do consumidor brasileiro. Queremos, com o tempo, perceber exatamente o que motiva e o que faz com que ele escolha e crie algum tipo de proximidade com a nossa marca.
Será um desafio fazer com que o cliente tenha uma experiência final positiva na plataforma, sem depender de bônus e benefícios financeiros?
Mais ou menos. Por um lado, eu acho que pode ser que em algum aspecto seja mais difícil adquirir novos clientes, mas por outro, nós temos milhares clientes que já estão conosco há bastante tempo e que hoje têm uma atividade muito saudável que em nada depende de bônus ou de benefícios financeiros. Portanto, ele é apenas mais um veículo promocional para que a gente consiga adquirir clientes e não é necessariamente algo que é vital para a atividade do nosso negócio. Nosso negócio é um negócio de diversão, de entretenimento e que não depende de benefícios financeiros para que funcione. Isso não é uma coisa que me preocupa.
Parcerias no esporte estão na estratégia da empresa para tal?
Obviamente, o nosso negócio não vive sem esporte e parcerias. Elas, seja no universo do esporte ou não, são absolutamente fundamentais para o nosso negócio e é algo que ainda tem muito para crescer, para aprofundar. Hoje temos excelentes parcerias de distribuição, parcerias de tecnologia, ligas desportivas, clubes, atletas, portanto eu não diria que é uma coisa a negligenciar, aliás eu diria que é um dos pilares da nossa atuação e da nossa indústria.
É também excelente ter oportunidade de aprender, trocar e sair da bolha interna quando desenvolvemos parcerias de negócio.