Um dos maiores jogadores da história da Ucrânia, o ex-atacante Andriy Shevchenko adotou medidas severas na presidência da federação de futebol de seu país. Buscando combater a corrupção, o dirigente instituiu o uso de um detector de mentiras para os árbitros.
O recurso, também chamado de polígrafo, mede as mudanças de pressão e fluxo sanguíneo das pessoas, assim como a respiração e o suor, visando determinar se o examinado está dizendo a verdade ou não.
“Nós vemos o polígrafo como uma oportunidade para obter mais informação e entender com quais árbitros nós podemos trabalhar. Estamos começando do zero”, disse Shevchenko.
De acordo com o ídolo ucraniano, que foi empossado na federação em janeiro deste ano, qualquer árbitro que for reprovado no teste não poderá mais apitar jogos no país.
Outra mudança feita por Shevchenko, o método de escala da arbitragem para cada partida foi alterado, sendo adotado um sistema aleatório para evitar quaisquer manipulações.
Um dos países com mais casos de corrupção no esporte, em 2018, o governo ucraniano acusou 35 clubes do país de estarem envolvidos em uma operação de manipulação de resultados. Com isso, 328 pessoas foram identificadas como participantes do esquema, com 57 casos de interferência em jogos.