O Campeonato Brasileiro 2024 começa neste final de semana com 20 clubes brigando pelos mais diversos objetivos. Entre os times que vivem a expectativa de estrear na competição, o Juventude encara o Criciúma, que também foi promovido à elite na última temporada.
Adversários ao longo da Série B de 2023, o Jaconero levou a melhor ao bater o Tigrão nos dois turnos do campeonato e leva o retrospecto como triunfo para o confronto. Além disso, o alviverde vem de bons resultados no estadual, chegando a final do Campeonato Gaúcho depois de oito anos e atingindo a terceira fase da Copa do Brasil.
A junção esportiva com as metas financeiras tem sido a receita para o sucesso do Juventude a longo prazo. Desde 2021, o clube tem trabalhado para se consolidar entre as principais equipes do Brasil. Para isso, estar em destaque no cenário nacional ajuda na valorização da marca e traz novas oportunidades comerciais para a instituição. No início do ano, por exemplo, o alviverde assinou um contrato milionário de patrocínio máster com a empresa de apostas Stake.
Apesar do bom momento, o time gaúcho prega calma e almeja primeiramente se manter na Série A para 2025. Em busca do objetivo, o clube dobrou os investimentos na folha salarial e chegou aos R$ 3 milhões em 2024 – valor pequeno em comparação a maioria dos clubes da elite.
“O equilíbrio financeiro tem sido um dos pilares da nossa gestão ao longo dos anos. Para nós, este é um ponto fundamental para que possamos ser competitivos durante a temporada, dado que não temos um grande orçamento em comparação às demais equipes da elite. Nossa meta é diminuir essa diferença, gerando novas receitas para elevar o orçamento do clube e brigar por objetivos maiores”, explica Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude.
“Temos a plena consciência de que permanecer na Série A é nosso principal objetivo para a temporada. Assim que esta meta for atingida, podemos começar a mirar novos objetivos que surgirem ao longo do ano para garantir outros resultados”, acrescentou o mandatário.
Do outro lado, o Criciúma retorna à elite depois de 10 anos embalado pela conquista do bicampeonato catarinense, algo que não acontecia há 33 anos. Além do bom momento, o clube aposta na torcida, especialmente nos sócios-torcedores, para manter o nível alto da equipe.
Na Série A, a taxa de ocupação do Tigre tende a ser uma das mais altas, já que a maioria dos inscritos conta com acesso garantido ao Heriberto Hülse. Conhecida pela mística da torcida, o estádio também se destaca pelo investimento em ações de sustentabilidade. A Cristalcopo, empresa que apresenta soluções sustentáveis para embalagens e utensílios, realiza a reciclagem de todos os resíduos produzidos nos jogos. Desde o início do processo, mais de 400 toneladas de lixo foram retiradas das arquibancadas e descartadas da maneira correta.
“A parceria com o clube é fundamental para o êxito da ação que promovemos durante os jogos, em que cuidamos da parte interna e dos arredores do estádio. Com o retorno para a Série A, queremos ampliar as ações voltadas para sustentabilidade, solidificando a mensagem para os torcedores sobre a importância da preservação ao meio ambiente”, destaca Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo.
No ramo dos produtos, a Volt Sport, fornecedora de material esportivo 100% nacional, assumiu a gestão dos uniformes do Criciúma em 2022, durante a Série B do Campeonato Brasileiro. Desde então, o clube alavancou as receitas com as vendas de mercadorias oficiais, conta com três lojas espalhadas pela cidade e a operação fatura mais de R$12 milhões por ano.
“De maneira geral, as pessoas não sabem a força do engajamento da torcida do Criciúma. Em uma cidade com pouco menos de 250 mil pessoas, conseguimos realizar um trabalho, em conjunto com o clube, de resgatar o pertencimento dos produtos oficiais junto ao torcedor. É uma parceria extremamente rentável para o Criciúma, já que o clube recebe royalties brutos de tudo o que é comercializado nas lojas. A volta para a Série A tende a aumentar ainda mais essa exposição, o que deve refletir na movimentação das vendas de camisas e outros itens licenciados”, comenta Fernando Kleimmann, sócio-diretor da Volt Sport.
